A corda está a apertar-se ainda mais à volta de Luis Rubiales. O presidente da Federação Espanhola de Futebol, que foi calorosamente aplaudido em casa na passada sexta-feira, mas que entretanto perdeu muitos apoiantes, vê agora os membros influentes da RFEF virarem-lhe as costas. Após uma longa reunião, os presidentes das federações autónomas e territoriais votaram na segunda-feira à noite a sua demissão “imediata”.
“Na sequência dos últimos acontecimentos e do comportamento inaceitável que prejudicou gravemente a imagem do futebol espanhol, os presidentes pedem que Luis Rubiales apresente imediatamente a sua demissão do cargo de presidente da RFEF”, lê-se num comunicado publicado no sítio oficial da federação espanhola.
A RFEF já está a preparar a sua reestruturação
O treinador de 46 anos é alvo de uma investigação preliminar do Ministério Público espanhol por “alegada agressão sexual”, depois de ter beijado à força a jogadora Jenni Hermoso, após a conquista do título mundial pela Espanha, a 20 de agosto. Suspenso por 90 dias pela FIFA, o jogador viu também a ONU tomar posição contra ele nas últimas horas. Denunciando uma “caça desumana e sangrenta”, a mãe do jogador iniciou uma greve de fome na igreja de Motril, da qual não está disposta a sair.
Instaremos os órgãos correspondentes a procederem a uma profunda e iminente reestruturação orgânica dos cargos estratégicos da Federação, para dar lugar a uma nova etapa na gestão do futebol espanhol”, refere ainda o texto da RFEF. Uma vez que a FIFA suspendeu Luis Rubiales, os protocolos internos da Federação foram activados na sequência da suspensão”.
A federação pede também ao seu presidente interino que retire as suas denúncias à UEFA
Reafirmando a sua vontade de organizar o Campeonato do Mundo de 2030, o comunicado insta também o “presidente (interino) Pedro Rocha a retirar imediatamente a última comunicação da Federação à FIFA e à UEFA”.
O presidente interino tinha denunciado a interferência do governo espanhol junto do organismo europeu, caso Luis Rubiales fosse destituído do cargo. Esta medida poderia ter como consequência a exclusão dos clubes espanhóis das Taças dos Campeões Europeus.
