Cimeira no Brasil: países da Amazónia sul-americana formam uma aliança “para combater a desflorestação”

Até quarta-feira, realiza-se no Brasil uma cimeira para discutir medidas de proteção da Amazónia

Embora pouco ambicioso, segundo as organizações ambientais, foi dado na terça-feira um passo para proteger a floresta amazónica. Numa cimeira realizada em Belém, no Brasil, os países amazónicos da América do Sul decidiram formar uma “aliança” contra a desflorestação, sem no entanto definirem objectivos concretos.

A criação de uma entidade intitulada “Aliança Amazónica de Combate à Desflorestação” consta de uma declaração conjunta assinada pelo Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A declaração “visa promover a cooperação regional na luta contra a desflorestação, para evitar que a Amazónia atinja o ponto de não retorno”. Se este ponto fosse atingido, a Amazónia emitiria mais carbono do que aquele que absorve, agravando o aquecimento global.

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Lula fala de um “novo sonho amazónico

Mas, contrariamente às expectativas das organizações ambientalistas, esta declaração conjunta publicada no final do primeiro dos dois dias da cimeira não estabelece objectivos comuns para erradicar totalmente a desflorestação, como o Brasil se comprometeu a fazer até 2030. Este documento de 113 pontos define em pormenor os marcos da cooperação entre os oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica (OTCA), para promover o desenvolvimento sustentável desta vasta região que alberga cerca de 10% da biodiversidade mundial.

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A cimeira teve início no dia em que o serviço europeu Copernicus confirmou que julho foi o mês mais quente alguma vez registado na Terra. “Nunca houve um momento mais urgente para retomar e alargar a nossa cooperação”, afirmou o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no seu discurso de abertura, referindo-se a um “novo sonho amazónico”. O seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, apelou a que os discursos se traduzissem em acções concretas o mais rapidamente possível.

A cimeira de Belém é um ensaio geral para a cidade portuária de 1,3 milhões de habitantes, no norte do Brasil, que acolherá a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima COP30 em 2025. Outros países que não são membros da OTCA foram convidados para a cimeira, incluindo a França, que tem um território amazónico com a Guiana Francesa e que será representada na quarta-feira pela sua embaixadora em Brasília, Brigitte Collet. “É urgente acabar com a desflorestação”, declarou Emmanuel Macron no X de terça-feira, apelando a que “as reservas vitais de carbono e de biodiversidade sejam protegidas, no interesse dos países florestais, das suas populações e do mundo inteiro”.

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