Alguns casais preferem a tranquilidade, ou seja, viver juntos sem aquela bagunça, sem crianças provocando barulho, enfim. Outros decidem ter um, dois, três, ou mais, e quando não vem um de cada vez, vêm dois ou até mais.
Com a chegada de um filho a rotina do casal muda completamente. Novos hábitos são adoptados e muitas coisas deixam de ser feitas. O filho passa a ser prioridade e todas as atenções são voltadas para a criança.
Quando chega um segundo ou terceiro filho, devido à experiência adquirida com a chegada do primeiro, algumas práticas ficam mais facilitadas, certamente que o filho recém chegado passa a exigir mais atenção do casal, e isso pode ser visto pelo filho mais velho como um acto de exclusão.
É importante ainda durante a gestação o casal ir conversando com o primeiro filho, caso este seja ainda menor, e explicar que dentro de alguns meses ele ganhará um novo irmão ou irmã. Mas isso não quererá dizer que ele deixará de ser amado. Os pais que têm essa conversa com seus filhos reduzem as chances de que possa ocorrer birras e chantagens emocionais por parte do primogénito com a chegada do segundo filho.
Quando esse passo não é tomado, os dois filhos podem vir a crescer em um clima não muito agradável. O mais velho poderá levar o pensamento de exclusão até a fase adulta e isso pode dar lugar a climas tensos na família. Por vezes os ciúmes surgem mesmo na infância ou na adolescência, quando os pais elogiam mais um dos filhos em detrimento do outro, quando apoiam mais um do que o outro, quando acompanham mais as actividades escolares de um do que do outro, enfim, de diversas formas.
É importante que durante a primeira infância as crianças recebam as mesmas recompensas e castigos quando cometam alguma falha ou façam algo digno de ser elogiado, isso evita que lhes passe pela cabeça que existe um filho favorito para os pais.
Nalguns momentos o ciúmes entre irmãos pode ser justificável, mas desde que isto não se torne em mágoas ou ressentimentos, pode até ser saudável para o fortalecimento da relação entre eles.
Por: Érica Januário
