Ao contrário do que muitos pensam, não é apenas na Europa que existem belos e impressionantes castelos. Na verdade, de 1923 a 1951, um homem construiu sozinho um magnífico castelo, utilizando 1100 rochas de coral verdadeiro. Uma obra construída em nome do amor.
O Castelo de Coral, situado no sul da Flórida, nos Estados Unidos, permanece como uma anomalia que continua a surpreender designers e cientistas de todo o mundo. Aposto que você também vai se impressionar.
O homem por trás da obra de arte
O cérebro e a força por trás desta magnífica obra de arte, Edward Leedskalnin, nasceu a 10 de Agosto de 1887, em Riga, na Letónia.
Amor juvenil
Com 26 anos, Leedskalnin estava noivo do amor da sua vida, Agnes Scuffs. Como Scuffs tinha menos 10 anos que o apaixonado, este referia-se a ela como “Sweet Sixteen”.
Amor e perda
No entanto, um dia antes da cerimónia do casamento, Agnes cancelou o matrimónio, deixando Edward completamente devastado. Foi então que este decidiu mudar-se para os Estados Unidos.
A fazer história
Este magnífico testemunho de amor foi construído por apenas um homem. O Taj Mahal, um testemunho comparável ao amor perdido, levou 20 anos a ser construído por centenas de escravos.
Um feito incrível
Sem recorrer a máquinas ou a qualquer outro tipo de apoio, Leedskalnin construiu um enorme castelo, tendo utilizado mais de 1100 rochas de coral, numa declaração de amor à sua antiga noiva.
Poder numa “pequena embalagem”
O trabalho de Leedskalnin torna-se ainda mais impressionante devido à altura deste, 1,52 metros, e ao peso, 45 quilos.
O plano
Como forma de lamentar a sua perda trágica, Leedskalnin iniciou uma missão. Este pretendia criar um monumento que homenageasse eternamente o seu verdadeiro amor.
A jornada
O coral que estava localizado perto do castelo chegava a medir até mil metros de espessura. No entanto, Edward conseguiu cortar e transportar lajes maciças, recorrendo apenas a ferramentas manuais.
Experiência
Leedskalnin terá alegadamente adquirido conhecimento e competências para avançar com esta incrível construção depois de ter trabalhado em parques de campismo de madeira, na Letónia. Este também era descendente de uma família de pedreiros.
A vida nos Estados Unidos
Leedskalnin morou em diversas partes da América do Norte. Eventualmente acabou por se mudar para Florida City, em 1918, após contrair tuberculose. Foi lá que morou durante os 18 anos seguintes.
Novos horizontes
Leedskalnin começou a construir a estrutura em Florida City, mas após saber de uma divisão que iria ocorrer no bairro, em 1936, adquiriu 10 hectares de terra o moveu a ‘operação’ para a vizinha Homestead.
A grande mudança
Edward passou os três anos seguintes a transportar as enormes estruturas de corais no chassi do seu camião antigo, até à sua propriedade que ficava a 16 quilómetros de distância.
A chave é a simplicidade
O habilidoso artesão levava uma vida simples e não tinha carro. Quando precisava de comprar comida ou materiais para o seu projecto, percorria 5 quilómetros de bicicleta até à cidade, voltando mais tarde.
O poder da amizade
Devido ao seu limitado transporte, contava com a ajuda de um amigo que utilizava um tractor para transportar as enormes esculturas até Homestead.
Mistério no ar
Muitas pessoas viam as peças de coral a serem transportadas pela Dixie Highway, mas Leedskalnin nunca foi visto a descarregar o material e era exactamente esse o seu objectivo.
Sigilo máximo
Leedskalnin esforçou-se ao máximo para manter todo o processo privado e fez de tudo para que a homenagem ao seu amor perdido fosse um segredo.
O projeto secreto
Ele fazia a maior parte da construção durante a noite, utilizando apenas uma pequena lanterna. Também construiu diversos locais para conseguir observar intrusos e vizinhos barulhentos.
Castelo colossal
Em 1940 as esculturas estavam finalmente no lugar certo e Leedskalnin terminou de montar as muralhas do castelo, que pesavam 57 quilos por metros cúbicos. Cada secção da muralha tem 12 por 2.4 metros e pesa mais de 5.8 toneladas.
Segredos antigos
Após conseguir o impensável, Leedskalnin era muitas vezes questionado sobre a forma como tinha movido os blocos de coral sem ajuda. Este respondia que tinha percebido o “segredo das pirâmides”.
Excelência além da educação tradicional
Apesar de ter completado apenas a quarta classe, Leedskalnin chegou a construir um ar-condicionado que se ligava ao gerador do castelo. Os vestígios da impressionante invenção ainda se encontram em exibição até aos dias de hoje.
O enigma do castelo
Devido à falta de testemunhas durante a construção da estrutura, cientistas e engenheiros ainda não conseguem perceber a forma como Leedskalnin conseguiu ter sucesso neste incrível projecto.
As grandes pirâmides americanas
Os segredos por trás dos métodos de construção desta obra têm sido comparados às pirâmides do Egipto e ao monumento pré-histórico de Stonehenge, em Wiltshire, Inglaterra.
Os pensamentos de um génio
Os últimos registos escritos por Leedskalkin são cinco panfletos intitulados “A Book in Every Home” (um livro em cada casa), que reflectem os seus pensamentos sobre a sua visão política e doméstica e o seu amor por “Sweet Sixteen”.
A perda de uma grande mente
Leedskalnin ficou doente em Dezembro de 1951 e deixou uma nota na porta do castelo, onde podia ler-se “a ir para o hospital”, antes de apanhar um autocarro para Miami. Três dias depois acabou por morrer durante o sono, no hospital, aos 64 anos.
O benfeitor
Após a morte, o sobrinho de Leedskalnin, que estava no Michigan, tornou-se no herdeiro do castelo. Em 1953, este vendeu o castelo para uma família do Illinois. No entanto a surpresa está por vir.
Tesouro escondido
Enquanto decorria a transacção, algo surpreendente ocorreu, foi encontrada uma nota que levou à descoberta de 35 notas de 100 dólares. A economia de vida de Leedskalnin.
Vida simples
Leedskalnin levou uma vida modesta, concedendo visitas guiadas à volta da propriedade, por 10 dólares, e vendendo os seus panfletos.
Uma calorosa receção
Este sinal esculpido na pedra é uma saudação original de Leedskalnin, na entrada do Castelo de Coral. Após mais de 60 anos o sinal continua a convidar os visitantes a maravilharem-se com a incrível obra.
Eternamente gravado em pedra
Muito tempo após a sua morte, o legado de Leedskalnin ainda vive com o Castelo de Coral, assim como a lenda do seu amor. O seu trabalho de vida continua a surpreender os visitantes até aos dias de hoje.
