Foi confirmado que o novo coronavírus sobrevive em superfícies por muito mais tempo do que havia sido calculado, segundo publicação oficial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, divulgada na segunda-feira (30).
Segundo informações reveladas no artigo, resquícios de RNA viral foram identificados no navio Diamond Princess, que estava em quarentena no Japão, após permanecer nas superfícies de cabines por mais de 2 semanas desde a saída da embarcação.
Dessa forma, dos 3.711 passageiros e tripulantes registrados, 712 deles estavam infectados e, desse grupo, 9 morreram. « RNA de SARS-CoV-2 foi identificado em uma variedade de superfícies em cabines de passageiros infectados sintomáticos e assintomáticos até 17 dias depois que as cabines foram desocupadas no Diamond Princess, mas antes dos procedimentos de desinfecção », esclareceu o Centro de Controle em nota.
Os casos do Diamond Princess entram, agora, na assustadora estatística de cerca de 800 casos confirmados de infecções nas temporadas de cruzeiros ao redor do mundo, resultando em, ao menos, 10 fatalidades.
« A covid-19 em cruzeiros representa um risco de rápida transmissão da doença em uma população vulnerável, e são necessários esforços agressivos para conter a disseminação », reforçaram os pesquisadores do centro norte-americano.
A quarentena foi realizada em 3 navios que estavam em alto mar durante o mês de Fevereiro e Março deste ano, acreditando ser o meio mais eficaz para evitar que mais pessoas fossem contaminadas e contribuíssem para a potencial infecção do coronavírus em um maior contingente de cidadãos. Porém, em 2 casos específicos, o Diamond Princess e o Grand Princess, foi relatado que o número de casos sintomáticos e assintomáticos do vírus cresceram bastante mesmo após o isolamento ser decretado.
Com passagens por 5 países, o Diamond Princess teve seu primeiro caso testado positivo para o novo coronavírus apenas 5 dias depois que desembarcou da China. Após isso, o navio foi redirecionado ao Japão para entrar em estado de quarentena, mas antes passou por mais 3 países, tendo feito 6 paradas.
Quanto ao Grand Princess, com o itinerário de viagem para São Francisco (Estados Unidos), foram realizadas 4 paradas no México, antes de serem confirmados 19 casos de contágio do vírus. Após a colecta de amostras dos tripulantes e passageiros, foi revelado que quase metade dos ocupantes estavam infectados.