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Covid-19: Macron anuncia novo confinamento na França

Para conter aumento dos casos e mortes por coronavírus, presidente da França, Emmanuel Macron decreta lockdown parcial em todo o país, incluindo fechamento de restaurantes e bares. « Fiquem em casa o máximo possível e respeitem as regras », apelou.

O presidente da França anunciou nesta quarta-feira(28) a imposição de um novo lockdown nacional para conter o avanço da covid-19 no país, que enfrenta uma intensa segunda onda de contágio. As medidas vão durar pelo menos até 1º de dezembro.

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« Como em toda a Europa, estamos sobrecarregados pela repentina aceleração da pandemia », disse o líder francês em discurso transmitido pela televisão. « O vírus está se espalhando pela França a uma velocidade que mesmo os mais pessimistas não previram. »

Segundo o presidente, a segunda onda de infecções « provavelmente será ainda mais difícil e mortal do que a primeira », e por isso é preciso dar um « freio brutal nos contágios ». « Vamos conseguir, todos nós juntos », declarou.

Macron também admitiu que o toque de recolher imposto há duas semanas em Paris e outras cidades importantes do país não foi capaz de impedir um avanço rápido das infecções pelo coronavírus, que já deixaram mais de 35 mil mortos em território francês. « Se não fizéssemos nada agora, dentro de alguns meses teríamos pelo menos mais 400 mil mortes », alertou.

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A partir de sexta-feira, os franceses só poderão deixar suas casas por motivos profissionais essenciais ou por razões médicas. Declarações por escrito serão exigidas nesses casos. « Fique em casa o máximo possível e respeite as regras », pediu o presidente.

Além disso, bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais não essenciais serão fechados. Enquanto isso, « fábricas, propriedades rurais e obras públicas continuarão a funcionar. A economia não deve parar nem entrar em colapso », disse Macron. Ele pediu ainda que a população retorne ao esquema de trabalho remoto em tempo integral quando for possível.

As escolas, por sua vez, permanecerão abertas, enquanto as universidades – origem de vários surtos de contágio desde setembro – terão apenas aulas online. Diferentemente do primeiro lockdown, ainda serão permitidas visitas a asilos e centros de dependência.

O presidente afirmou que as fronteiras internas da França no espaço europeu permanecerão abertas « e, com algumas exceções, as externas continuarão fechadas ». Mas os franceses no exterior poderão retornar ao país, e todos os viajantes que chegarem serão testados rapidamente.

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O governo francês avaliará a evolução da pandemia a cada 15 dias e decidirá, se necessário, sobre a aplicação de novas restrições ou, se a situação melhorar, a suspensão delas. Mais detalhes das novas medidas serão anunciados nesta quinta-feira, afirmou Macron.

A França viu um aumento nas infecções durante o verão, mas as hospitalizações e mortes permaneceram baixas, então a população foi incentivada a voltar às escolas e ao trabalho. À medida que os hospitais voltaram a se sobrecarregar, o governo impôs medidas modestas, como fechamento de bares e toques de recolher, nas últimas semanas, mas elas não foram suficientes.

Segundo a agência de saúde pública francesa, o país registrou nesta quarta-feira mais de 36 mil novos casos de infecção e 244 mortes ligadas ao coronavírus. Ao todo, mais de 35 mil pessoas morreram e 1,2 milhão foram infectadas, o que torna a França o quinto país do mundo com mais casos, atrás de Estados Unidos, Índia, Brasil e Rússia.

Por: DW

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