Diante da gravidade do Covid-19 em Itália, os clubes italianos estão a ponderar fazer cortes. Cristiano Ronaldo pode perder até 9,3 milhões de euros do seu salário.
Com 3.405 vítimas mortais, Itália é, agora, o país com mais mortes registadas por Covid-19. A situação no país está a agravar-se com o passar dos dias, não só a nível sanitário, mas também a nível económico. De tal forma que a pandemia já se começa a fazer sentir até no futebol.
O presidente da Federação Italiana de Futebol, Gabriel Gravina, já tinha deixado em aberto a possibilidade de os clubes cortarem entre 20 e 30% os salários dos jogadores mais bem pagos.
“Neste momento de emergência o corte nos salários dos jogadores não é um tabu. Acho que todos temos de nos sentar à mesa. A crise e a emergência aplicam-se a todos e o mundo do futebol também deve ter a capacidade de se unir. Somos chamados para um gesto de grande responsabilidade, para mostrar que solidariedade não é apenas uma palavra”, disse Gravina, citado pela Sábado.
“O mundo do futebol está a passar por uma grande crise económica e a federação está comprometida em recolher todos os dados que as ligas individuais estão a processar e depois enviá-los ao governo que, com um decreto-lei, reconheceu o estado de crise no desporto. Antes de sair, no entanto, precisamos renegociar alguns contratos internamente e criar um sistema mútuo. É necessário dar um sinal, demonstrar auto-apoio e solidariedade “, acrescentou.
Face a isto, o vencimento de Cristiano Ronaldo será certamente um dos visados. Com um salário a rondar os 31 milhões de euros anuais, o internacional português é de longe o jogador mais bem pago da liga italiana.
As medidas de contenção das equipas podem levar a Juventus a cortar o salário de Ronaldo. Assim sendo, o jogador pode ser atingido por um corte entre os 6,2 e os 9,3 milhões de euros por ano, escreve o jornal italiano Corriere dello Sport.
Lukaku, Dybala, Higuain, Ramsey, De Ligt, Donnarumma, Dzeko são outros nomes que podem ver os seus salários reduzidos devido à pandemia de Covid-19.