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Desporto/Futebol: Da era Lippi ao banco da Itália, Canavaro, Pirlo e Gattuso lideram uma geração instável

Seis campeões do mundo de 2006 já passaram por cargos de treinador — mas o sucesso teima em escapar a quase todos

A nomeação de Gennaro Gattuso como selecionador de Itália, anunciada no último domingo, simboliza o desafio enfrentado pelos jogadores que conquistaram o Mundial de 2006 sob o comando de Marcello Lippi. Apesar de grande número de antigos campeões terem passado para o banco, poucos conseguiram replicar a glória como técnicos.

Dos 23 convocados por Lippi, 16 tornaram-se treinadores, um dado notável se comparado com as gerações de Brasil (2002) ou França (1998). Segundo Lippi, em 2023, esse grupo destacou-se não só pela qualidade técnica, mas também pela “grande inteligência e valores humanos”.

Entretanto, a carreira de treinador nem sempre seguiu subida meteórica:

  • Gattuso: no cargo desde 2013, passou por Milan, Nápoles, Valência e OM, com apenas um título — a Taça da Itália em 2020 com o Nápoles.

  • Fabio Grosso: campeão da Serie B com Frosinone (2023) e Sassuolo (2025), mas pouco marcante na Serie A ou no Lyon.

  • Filippo Inzaghi: elevou o Pisa à Primeira Liga, mas trocou-o por Palerme (Serie B); os efeitos nas principais divisões (Milan, Bologno, Benevento) foram modestos.

Outros exemplos incluem:

  • Alberto Gilardino e Alessandro Nesta, com passagens medianas por Genoa e Monza.

  • Fabio Cannavaro, rápido despedido do Dinamo Zagreb, após experiências pouco convincentes na China, Benevento e Udinese.

  • Daniele De Rossi, ex-adjunto da Euro 2021, com apostas na SPAL e Roma; despedido de ambas.

  • Andrea Pirlo, eliminado da Sampdoria, sem conquistas no comando da Juventus ou Fatih Karagümrük (Turquia).

Alguns integrantes desta geração viraram empresários ou analistas, afastando-se do cargo de treinador:

  • Gianluca Zambrotta (padel),

  • Marco Materazzi (vinhos),

  • Angelo Peruzzi (política),

  • Massimo Oddo (treina os juniores do Milan),

  • Marco Amelia, no futebol de base,

  • Mauro Camoranesi, atuando na Europa,

  • Outros — Buffon, Del Piero, Luca Toni, Zaccardo, Totti, Perrotta, Iaquinta — permaneceram no futebol, mas nunca treinaram.

A transição de campeões a treinadores revelou-se instável e pouco vencedora. A nomeação de Gattuso sublinha a vontade da FIGC de que essa geração, marcada por talento e experiência, recupere o prestígio perdido enquanto assumem funções de liderança técnica.

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