Enlatados suspeitos retirados do mercado

Um total de 18.983 latas de sardinhas de 400 gramas, das marcas Ritebrand, Capepoint e Checkers, importadas da África do Sul, foi retirado até ontem dos principais supermercados do país por ordem da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE).

A maioria destas sardinhas – 8340 unidades – foi retirada de lojas da capital do país, seguido de Inhambane, com 6455 unidades. Na província de Nampula foram retiradas 1117 latas, 988 em Sofala e 633 na província de Maputo, devido aos riscos que o seu consumo representa para a saúde pública.

A inspectora-geral da INAE, Rita Freitas, explicou que não são todas as latas de sardinhas existentes nos mercados ou já cativadas pela instituição que estão contaminadas, sublinhando que apenas dois lotes, nomeadamente o ZST 29 e ZSC29, são considerados problemáticos.

Face a essa situação, apelou aos consumidores e comerciantes que têm os referidos lotes em stock nas suas residências ou estabelecimentos comercias para que entreguem o produto às direcções provinciais da instituição mais próximas da sua área residencial.

Acrescentou que o produto cativado é avaliado em cerca de 1.7 milhão de meticais. Rita Freitas assegurou que o trabalho vai continuar nos mercados, sobretudo nos informais e retalhistas, onde os inspectores registaram casos de alguns vendedores que escondiam as latas.

Por outro lado, Lúcia Santos, directora do Instituto Nacional de Inspecção do Pescado (INIP), disse que a entidade criou uma equipa de investigação visando apurar os contornos usados para fazer entrar um produto derivado de pesca no território nacional sem autorização da sua instituição.

Ana Paula Cardoso, directora nacional de Saúde Pública, sublinhou que o consumo deste produto pode trazer graves consequências à saúde a médio ou longo prazo. Cardoso apelou a todos os consumidores para não ingerirem o produto por conter uma substância química que passa da lata para a sardinha.

“Quanto mais tempo o produto fica armazenado, aumenta a possibilidade da contaminação, podendo criar doenças como cancro”, explicou.

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