A reunião de emergência entre os líderes europeus em Paris, no dia 17 de fevereiro, revelou a fragilidade da unidade do bloco, desencadeada pelo diálogo inesperado entre Donald Trump e Vladimir Poutine sobre a guerra na Ucrânia. Desconcertados com a possibilidade de o continente europeu ser deixado à margem de uma negociação direta entre os presidentes americano e russo, os dirigentes se reuniram para alinhar uma postura comum, mas divergiram publicamente sobre a questão do envio de tropas de manutenção da paz.
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Comprar um espaço para minha empresa.O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, mostrou-se disposto a considerar o envio de forças britânicas para o terreno, caso um acordo de paz seja alcançado, mas fez questão de enfatizar que o apoio dos Estados Unidos seria essencial para garantir a segurança de uma Ucrânia pós-guerra. Por outro lado, o chanceler alemão, Olaf Scholz, ressaltou a necessidade de ação conjunta entre Europa e Estados Unidos, destacando que « não estamos no momento de paz, mas no meio de uma guerra brutal. »
O debate acirrado sobre o envio de militares para garantir uma trégua futura tornou-se um ponto de discórdia, com alguns, como o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, afirmando que a Polônia não enviaria tropas. Esse impasse político ocorre em meio a tensões crescentes com a postura dos Estados Unidos, exacerbadas por um discurso hostil do vice-presidente americano JD Vance, que surpreendeu os aliados europeus. Enquanto isso, negociações diretas entre os EUA e a Rússia estão programadas para a próxima semana, prometendo mais incertezas sobre o futuro da Ucrânia.