Facebook e Instagram banem contas ligadas ao exército de Myanmar

A decisão, anunciada esta quarta-feira à noite, foi motivada pelos “eventos ocorridos desde 1 de fevereiro, incluindo violência mortal”, e teve por base quatro fatores fundamentais, revelou o Facebook num comunicado.

Leia Também: Mais De Mil Manifestantes Em Rangum Contra O Golpe De Estado Em Myanmar

Leia Também: Golpe De Estado: Aung San Suu Kyi Detida Pelo Exército De Myanmar

O Facebook é amplamente usado em Myanmar e tem sido uma das formas pelas quais a junta comunica com as pessoas, apesar de, nos primeiros dias do golpe, a plataforma ter sido proibida.

Um dos fatores é “o legado do Tatmadaw (exército birmanês) de abusos dos direitos humanos excecionalmente graves e o claro risco de violência militar iniciada pelo exército em Myanmar, onde os militares operam sem controlo e com amplos poderes”.

A par disto, as “violações contínuas” por parte de militares e de contas a eles vinculadas desde o golpe de Estado, “incluindo esforços para recuperar contas previamente removidas” e a publicação de conteúdo que viola as “políticas de violência e incitamento” também contribuíram para a decisão do Facebook.

A rede social proibiu ainda empresas militares de publicar anúncios na sua plataforma.

Horas depois da decisão, membros de um grupo de apoio à junta militar atacaram e feriram pessoas que protestavam contra a tomada de poder do exército que derrubou o governo eleito da líder de Aung San Suu Kyi, que está em prisão domiciliária desde o dia 8 de fevereiro.

Durante os ataques, em que várias pessoas ficaram feridas, a polícia que estava presente na rua para controlar os ânimos, decidiu não intervir, relata a CBS.

leave a reply