Golpe de Estado no Níger: França inicia retirada de cidadãos do Níger

O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou que começa hoje a retirar os seus cidadãos do Níger, uma operação a que os “cidadãos europeus que desejem deixar o país” também poderão se juntar.

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Dada a situação em Niamey, os atos de violência perpetrados anteontem contra nossa embaixada e o encerramento do espaço aéreo, que deixa os nossos compatriotas impossibilitados de sair pelos seus próprios meios, a França está a preparar a retirada dos seus nacionais e cidadãos europeus que desejem deixar o país. Esta retirada começará hoje”, afirma o ministério.

Os cidadãos franceses no Níger foram avisados pela embaixada de Paris em Niamey de que estava “a ser preparada uma operação de retirada” por via aérea, a realizar em breve.

“Face à degradação da segurança no Níger e aproveitando a calma relativa em Niamey, está em curso a preparação de uma operação de retirada por via aérea”, referia anteriormente uma mensagem da embaixada francesa.

Naquela nota a embaixada indicava que a operação deverá decorrer de forma rápida.

Um golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tchiani, derrubou o Presidente eleito, Mohamed Bazoum, na passada quarta-feira.

Tchiani justificou o golpe de Estado com a “deterioração da situação de segurança” num país assolado pela violência dos grupos fundamentalistas islâmicos.

O governo francês estima que em 500 a 600 o número de civis franceses no Níger.

Outros governos europeus, por enquanto, não anunciaram operações de evacuação, mas países como a Espanha pediram a seus cidadãos que informassem seu paradeiro à Embaixada.

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Em entrevista à BFMTV na noite passada, a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, reiterou os apelos do seu país para a reintegração do presidente deposto Mohamed Bazoum e negou as acusações de que na sequência do golpe militar, a França estava a preparar uma intervenção militar.

A chefe da diplomacia francesa também destacou que é “possível” que a Rússia tente “lucrar” com a crise, mas evitou culpar Moscovo pelo golpe e atribuiu-o a “uma ação oportunista” de um alto oficial militar do Níger.

A França, ex-potência colonial do Níger, tem um contingente de 1.500 soldados naquele país africano para apoiar a luta contra o terrorismo e fortes interesses no setor de extração de urânio, com o qual abastece suas cruciais centrais nucleares.

No domingo passado, durante uma manifestação convocada em apoio aos líderes golpistas, várias centenas de pessoas protestaram violentamente em frente à embaixada francesa na capital do Níger.

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Em resposta, o governo do presidente Emmanuel Macron advertiu veementemente que agiria “de forma imediata e decisiva” se houvesse ataques contra seus interesses.

Nesta segunda-feira, o Eliseu destacou que Macron conversou diversas vezes com Bazoum, e com seu antecessor que atua como mediador, bem como com dirigentes de outros países da região, dentro de uma longa série de contactos em busca de uma solução para a crise no Níger.

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