Guerra Hamas-Israel: o número de mortos de ambos os lados atingiu os 1.590 na noite de segunda-feira

Os combates prosseguiram na segunda-feira, 9 de outubro, entre os militantes do Hamas e as forças israelitas, um dia depois de o movimento islamita palestiniano ter lançado uma ofensiva surpresa contra Israel a partir da Faixa de Gaza.

Na sequência da ofensiva lançada pelo Hamas no sábado, Israel declarou oficialmente guerra ao movimento palestiniano. Na segunda-feira, o número de mortos ascendia a mais de 1.400 de ambos os lados. Mais de 800 israelitas foram mortos e 2600 feridos no ataque do Hamas, incluindo cerca de 250 pessoas massacradas numa festa rave no deserto perto de Gaza. Na Faixa de Gaza, bombardeada pelo exército israelita, 687 palestinianos foram mortos e 2900 feridos, anunciaram as autoridades locais.

As principais notícias

  • Mais de 1400 mortos de ambos os lados, mais de 800 israelitas mortos, 687 do lado palestiniano
  • O Hamas ameaça matar os reféns em resposta aos ataques israelitas
  • Segundo o exército israelita, os combates prosseguem na Faixa de Gaza
  • Reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE na terça-feira

A Faixa de Gaza sob cerco e bombardeamento

“Estamos a impor um cerco total a Gaza”, afirmou o Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, num vídeo divulgado pelo seu gabinete. “Estamos a lutar contra animais e estamos a agir em conformidade. Não há eletricidade, não há água, não há gás, está tudo fechado”, acrescentou na mensagem em hebraico. Cerca de 2,3 milhões de palestinianos vivem na Faixa de Gaza, um território assolado pela pobreza e que se encontra sob um bloqueio israelita desde 2007.


O Ministro da Energia, Israel Katz, ordenou o “corte imediato do abastecimento de água (de Israel) a Gaza”, afirmou o seu porta-voz num comunicado. Israel fornece 10% do consumo anual de água do território palestiniano.

Enquanto Benjamin Netanyahu prometia reduzir os esconderijos do Hamas a “escombros”, o exército israelita anunciou na segunda-feira de manhã que tinha atingido “mais de 500 alvos” em ataques aéreos na Faixa de Gaza durante a noite. “Durante a noite, caças, helicópteros, aviões e artilharia atingiram mais de 500 alvos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica”, declarou o exército em comunicado. Em resposta ao Estado de Israel, o Hamas anunciou na segunda-feira à noite que ameaçava matar os reféns, em reação aos ataques israelitas no enclave palestiniano.


O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) afirmou na segunda-feira que a guerra entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel tinha deslocado mais de 123.000 pessoas na Faixa de Gaza.

Os combates continuam

O exército israelita continua a lutar contra os combatentes palestinianos que se infiltram no território israelita. Em particular, as forças israelitas anunciaram ter recuperado o “controlo” das localidades atacadas no sul, onde concentraram 100.000 reservistas, segundo um porta-voz do exército. Outros combates estão a ter lugar em torno da Faixa de Gaza.


As sirenes de alerta para os foguetes soaram em Jerusalém na segunda-feira, rapidamente seguidas de várias detonações, como observaram os jornalistas da AFP na cidade. Já tinham sido ouvidas na Cidade Santa no sábado, quando os foguetes foram interceptados pela defesa antiaérea israelita.

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