Médio Oriente: 68 mortos na Síria ataque imputado ao grupo do Estado islâmico

Um ataque atribuído ao grupo do Estado islâmico matou 68 pessoas no centro da Síria na sexta-feira. Foi o mais mortífero em mais de um ano. Apesar da perda dos seus bastiões no país e da coligação internacional anti-jihadista que anunciou ter morto um dos seus líderes numa rusga, o grupo terrorista continua as suas actividades e tem aumentado os seus ataques nos últimos meses.

É o ataque mais mortífero há mais de um ano na Síria. Atribuído ao grupo estatal islâmico (EI), matou 68 pessoas na sexta-feira 17 de Fevereiro, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou num novo relatório.

“No total, 61 civis e sete soldados foram mortos no ataque”, disse Rami Abdel Rahmane, que dirige a ONG sediada no Reino Unido com uma vasta rede de fontes na Síria.

As vítimas estavam a recolher trufas, que só podem ser colhidas no deserto de Fevereiro a Abril, tal como as do ataque de 11 de Fevereiro na mesma região que resultou na morte de 16 pessoas e cerca de 60 raptos, de acordo com a OSDH.

Segundo a televisão estatal síria, o ataque de sexta-feira teve lugar “a sudeste da cidade de Sokhneh, na província de Homs oriental”.

O director do hospital de Palmyra, Walid Audi, onde os corpos das vítimas foram levados, disse que sete soldados sírios estavam entre os mortos, de acordo com a estação de rádio pró-governamental síria, Cham FM.

O ataque vem dias depois de um ataque semelhante a 11 de Fevereiro na mesma zona ter morto 16 pessoas, de acordo com a OSDH. As vítimas deste ataque estavam também a recolher trufas, de acordo com a mesma fonte, que dizia que cerca de 60 pessoas tinham sido raptadas neste primeiro ataque.

De acordo com a OSDH, a EI aproveita o facto de pessoas de zonas rurais remotas se aventurarem no deserto para recolher trufas a fim de as atacar.

Os órgãos de propaganda do grupo jihadista não fizeram até agora quaisquer reivindicações.

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