O director-geral da TotalEnergies em Moçambique, Maxime Rabilloud, anunciou esta segunda-feira (1), em Maputo, o compromisso da empresa em assegurar que parte do gás extraído no âmbito do projecto Mozambique LNG seja destinado ao mercado doméstico, contribuindo assim para o desenvolvimento económico do País.
Durante a cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre a TotalEnergies e a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), no Ministério da Planificação e Desenvolvimento, Rabilloud sublinhou que o objectivo da companhia é garantir que os recursos beneficiem directamente os moçambicanos, e não apenas os mercados internacionais.
“A nossa presença tem de se fazer reflectir no desenvolvimento sustentável do País já, e não somente quando se produzir o gás”, afirmou o responsável.
Segundo explicou, a TotalEnergies vê Moçambique como um parceiro estratégico, não apenas na cadeia de exportação de energia, mas também como beneficiário directo dos seus recursos.
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Comprar um espaço para minha empresa.O gestor reforçou que o compromisso da companhia em introduzir gás doméstico tem como objectivo permitir “um desenvolvimento ainda maior da economia, não só para fora, mas também para dentro do País”.
Impactos actuais e futuros
Rabilloud destacou que a fase inicial do projecto já está a gerar impacto económico e social. Desde 2021, foram criados mais de 8 mil empregos em Palma e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, com iniciativas nas áreas da saúde, educação, agricultura, pesca e comércio local.
O projecto Mozambique LNG deverá representar um investimento de cerca de 315 mil milhões de meticais (5 mil milhões de dólares) nos próximos anos, envolvendo também empresas moçambicanas na fase de construção.
Este anúncio surge num contexto em que cresce o debate sobre a soberania energética de Moçambique e a necessidade de utilizar os recursos naturais para impulsionar a industrialização e melhorar a qualidade de vida da população.
Parceria institucional
No seu discurso, o representante da TotalEnergies destacou ainda a importância da colaboração estreita com o Governo de Moçambique, classificando a parceria com a ADIN como um “modelo exemplar de cooperação”, fundamental para o sucesso do projecto.
“Queremos ser humildemente parceiros de trabalho do Governo para o desenvolvimento socioeconómico do País e da região de Cabo Delgado”, concluiu Rabilloud.