Os médicos do Hospital Central de Maputo (HCM) anunciaram, esta semana, a suspensão temporária da greve ao serviço extraordinário, na sequência de entendimentos alcançados em negociações com o Governo moçambicano.
A decisão foi tornada pública em conferência de imprensa realizada em Maputo, onde o porta-voz do grupo, Ossifo Cafur, afirmou que o corpo clínico decidiu retomar os serviços “pelo bem dos doentes, dos residentes e do ensino médico”, acreditando no compromisso manifestado pelas autoridades.
“Achamos que é razoável da nossa parte e para o bem dos doentes e para o bem dos residentes como academia e acreditamos que o Governo está preocupado em formar especialistas e cuidar do povo, e por isso decidimos suspender temporariamente a nossa paralisação”, declarou Cafur.
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Comprar um espaço para minha empresa.Segundo o mesmo, o ministro da Saúde comprometeu-se directamente a resolver os principais pontos de reivindicação, em particular o pagamento de horas extraordinárias em atraso, que afeta mais de 300 médicos na principal unidade de saúde pública do país.
No entanto, a suspensão da greve tem carácter condicionado. Caso os compromissos assumidos não sejam respeitados, o movimento não hesitará em retomar a paralisação.
“Suspendemos temporariamente. O não cumprimento do ponto de confiança que nós demos ao ministro e a toda equipa negocial, imediatamente vamos voltar à paralisação”, alertou o médico.
Na terça-feira, dia 3, os profissionais haviam estabelecido um prazo de 30 dias para que o Governo procedesse ao pagamento das horas em dívida. Durante esse período, será feita uma avaliação do grau de execução do acordo.
“Vamos esperar por mais 30 dias. A intenção é ver se o acordo a que chegamos é ou não cumprido. Queremos ver a implementação do que foi acordado”, afirmou à Lusa o porta-voz do grupo médico.