Moçambique: TotalEnergies pode retomar projecto de gás em Moçambique

Rwandan soldiers patrol in Afungi near the Total complex, Cabo Delgado, on September 22, 2021. - Since July 2021 a contingent of a thousand Rwandan soldiers and policemen is deployed to Mozambique to fight insurgents that were terrorising populations. The Rwanda Defence Forces (RDF) declared few victories among which the liberation of Mocimboia Da Praia which was occupied by jihadist for almost a year. (Photo by Simon WOHLFAHRT / AFP)

Estão reunidas as condições para permitir à TotalEnergies retomar o seu projecto de exploração de gás natural no país, suspenso desde 2021, na sequência de um grande ataque jihadista, garantiu esta semana, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

No final de Março de 2021, um ataque coordenado à cidade costeira de Palma forçou o grupo francês a suspender um projecto de desenvolvimento de gás natural de 16,5 mil milhões de euros. As instalações ainda em construção na península de Afungi foram evacuadas.

“A cooperação e coordenação com a Total é muito boa. O ambiente de trabalho é propício para que a empresa retome as operações a qualquer momento”, afirmou Filipe Nyusi, que falava numa conferência sobre mineração e energia na capital moçambicana, Maputo.

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Cautelas

A TotalEnergies mostra-se há vários meses cautelosa quanto à possibilidade de reiniciar as suas operações em Moçambique.

O CEO da empresa francesa, Patrick Pouyanné, visitou o país em Fevereiro e manteve conversações com o presidente moçambicano.

No mês passado, o subcontratante italiano da gigante francesa, Saipem, anunciou os preparativos para retomar o trabalho, dizendo ter sido informado de que “a segurança melhorou”.

A situação de segurança obrigou à interrupção das actividades há mais de dois anos. Mas para o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, estão reunidas as condições para o reinício das actividades. “A nossa ambição é desenvolver a operação em terra do projecto moçambicano de GNL, que é operado pela TotalEnergies. Esperamos que esteja operacional em breve, porque é urgente aproveitar a oportunidade oferecida pelo aumento dos preços de mercado. A cooperação e a coordenação com a TotalEnergies são muito boas. O ambiente de trabalho é propício para que a empresa retome a actividade a qualquer momento.

Três condições…
Esta impaciência explica-se, nomeadamente, pelos efeitos económicos esperados deste projecto. Vários milhares de milhões de dólares por ano em receitas fiscais, segundo os analistas. Por seu lado, o subcontratante italiano Saipem prepara-se para retomar os trabalhos em Julho. O grande grupo francês é, no entanto, mais prudente. Contactada pela RFI, a TotalEnergies, que detém cerca de um terço das acções do projecto, afirma que “o grupo de investidores levará o tempo que for necessário”.

Três condições são necessárias para um “eventual” reinício das actividades, diz a empresa. Garantias de segurança, mas também de direitos humanos. O relatório da missão confiada a Jean-Christophe Rufin continua a ser aguardado. Além disso, uma visão clara dos custos do projecto após esta interrupção. Custos que devem permanecer fixos.

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