Paquistão: atentado suicida num comício mata pelo menos 44 pessoas

Explosão numa convenção partidária no Paquistão faz dezenas de mortos
Pelo menos 44 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas num atentado suicida durante um comício do Jamiat Ulema Islam-Fazl (JUI-F), partido que faz parte da coligação do Governo.

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Uma explosão durante uma convenção do partido conservador Jamiat Ulema Islam-Fazl (JUI-F) no distrito de Bajaur, a 250 quilómetros da capital do Paquistão, Islamabad, fez pelo menos 44 mortos e mais de 100 feridos, 17 deles em estado grave. Mas as autoridades temem que estes números possam vir a aumentar.

O ataque teve como alvo o partido religioso conservador Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), que realizava uma reunião com a presença de mais de 400 membros e simpatizantes na cidade de Khar, perto da fronteira com o Afeganistão, tendo em vista as eleições a serem realizadas realizada no final do ano.

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Foi um ataque suicida, com o autor do ataque detonando o explosivo perto do palco — afirmou à AFP Riaz Anwar, representante do Ministério da Saúde na província de Khyber Pakhtunkhwa.

Ele também confirmou que há mais de 100 feridos, alguns deles em estado grave.

Estamos tentando levar os pacientes mais graves para Peshawar e outros hospitais usando helicópteros disse o ministro interino da Informação, Feroze Shah, ao canal Geo News.

Imagens do local da explosão que circulam nas redes sociais mostram corpos espalhados e voluntários ajudando vítimas ensanguentadas a entrar em ambulâncias

Havia muita confusão, com partes de corpos espalhados por todo o lado, ao lado de corpos sem vida — disse ao Dawn News um homem que se identificou como Sabeehullah, e que sofreu uma fratura no braço. Eu estava ao lado de uma pessoa que perdeu as duas pernas.

Para o especialista em segurança Imtiaz Gul, o atentado “faz parte da violência terrorista que parece estar a aumentar no Paquistão no período que antecede as eleições, com o objetivo de criar um clima de instabilidade que poderá levar ao adiamento das eleições”. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, condenou o ataque no Twitter, rebaptizado X, apresentando as suas condolências às vítimas e prometendo punir os culpados.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque, mas o ramo local do grupo Estado Islâmico (EI) já reivindicou anteriormente a responsabilidade por ataques à JUI-F. No ano passado, o EI afirmou estar na origem de ataques violentos contra académicos religiosos filiados no partido, que possui uma vasta rede de mesquitas e madrasas (escolas corânicas) no norte e no oeste do país. O grupo jihadista acusa a JUI-F de hipocrisia, uma vez que o partido religioso tem apoiado sucessivos governos e o exército.

O Paquistão costumava ser atormentado por bombardeamentos quase diários, mas uma grande operação militar lançada em 2014 restaurou em grande parte a ordem. O porta-voz do governo afegão, Zabihullah Mujahid, condenou o ataque de domingo numa declaração.

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