A petrolífera tomou a « decisão final de investimento para desenvolvimento dos reservatórios adicionais de gás natural » no distrito de Inhassoro, ao lado das jazidas de gás de Pande e Temane que já explora, refere o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, em comunicado.
O investimento vai servir para produzir 30.000 toneladas de gás de cozinha por ano naquela que será a primeira unidade do género no país.
Irá ainda gerar 450 megawatts de eletricidade na central de ciclo combinado de Temane, energia a injetar na rede moçambicana.
O projeto contempla também a produção de 4.000 barris de petróleo leve por dia para exportação.
O Governo prevê que Moçambique deixe de importar cerca de 75% do atual volume de gás de cozinha e espera que haja uma massificação do uso de gás de cozinha, contribuindo para a redução do desflorestamento para consumo como combustível.
A construção das infraestruturas deverá arrancar em julho e vai empregar cerca de 3.000 moçambicanos, além de « milhares de empregos indiretos nos próximos três anos », acrescenta o Governo.
O projeto da Sasol na província de Inhambane, sul de Moçambique, funciona há 17 anos com exportação por gasoduto para a África do Sul, sendo atualmente o único projeto de exploração de hidrocarbonetos no país.
Na bacia do Rovuma, norte do país, os megaprojetos de gás natural deverão iniciar produção em 2022 (Eni) e 2024 (Total).