Por quê cinema scala?

Na baixa da cidade de Maputo, entre centenas de edifícios atravessadas por avenidas das quais algumas com nome de figuras que se tornaram públicas pelos seus feitos encontra-se na Av. 25 de Setembro, perto da esquina com a Av. Samora Machel um maravilhoso cinema art déco chamado Cinema Scala.

Cinema scala uma relíquia arquitetónica em Maputo, contruído em 1931. O Scala foi um lugar cheio de energia que se enchia de gente ansiosa em conseguir um bilhete para os famosos « filmes chineses de porrada ».

Scala é uma linguagem de programação de propósito geral, diga-se multiparadigma, projectada para expressar padrões de programação comuns de uma forma concisa, elegante e type-safe (é a medida em que uma linguagem de programação desestimula ou impede erros ). 

Este cinema teve muitos proprietários, tendo passado pelas mãos do Estado e depois para proprietários privados.

E porque o Scala era lugar de alegria não havia sala dentro do cinema onde não se propagasse o ruído de vozes e acções. Na sua faustosa entrada, com o chão de mármore e acabamentos de madeira maciça nas paredes mestras, ainda hoje se vêem vestígios dessa vida, com inúmeras molduras vazias que antigamente se destinavam a fixar os cartazes dos filmes, e escadarias deslumbrantes que dariam eventualmente às antecâmaras da alta sociedade.

A sala principal do cinema tem cerca de mil lugares, e que os assentos continuam a ser os mesmos, bem como os cinzeiros e a tela, e no edifício estão contidas centenas de salas e compartimentos secretos, entretanto este está condenado à deterioração.

Na fachada do edifício, ainda se podem ver as letras em néon com o nome do cinema “Scala”. Os cinemas são um relíquia arquitectónica que se teme perder nas mãos dos empresários ou num fogo acidental, mas, por algum motivo que me escapa à percepção, talvez também por desconhecimento das leis que regulam o sector cultural no país, não são considerados património cultural, podendo, de um dia para o outro, simplesmente deixar de existir.

Cada uma quebrada por diferentes sinais da erosão afectiva pela qual passaram, decoram a entrada como se o espaço continuasse habitado por milhares de espectadores. Como este, existem muitos outros cinemas, espalhados pelas províncias de Moçambique, no mesmo estado ou melhor que este. Eles são um relíquia arquitectónica que se teme perder nas mãos dos empresários ou num fogo acidental, mas, por algum motivo que me escapa à percepção, talvez também por desconhecimento das leis que regulam o sector cultural no país, não são considerados património cultural, podendo, de um dia para o outro, simplesmente deixar de existir como um velho trapo que escapa pela janela levado pela brisa quente do Verão.

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