Considere o seguinte exemplo: Alberto chega ao trabalho e tem de entrar para uma reunião em alguns minutos. Ele prepara seu discurso, suas ideias, porém quando é sua vez de intervir, fá-lo com dificuldades, demonstrando nervosismo e pouca segurança.
César é um homem que sai com pouca frequência. Ele tem conhecimento sobre o seu potencial, mas prefere se manifestar apenas quando necessário. Ele não tem problemas em comunicar o que pensa, mas fá-lo poucas vezes.
No primeiro caso, que é o da timidez, a pessoa geralmente não tem controle sobre o que se passa consigo próprio, não demonstra segurança quando se expressa, ou nem chega a tentar fazê-lo e isso pode se reflectir na sua baixa auto-estima.
Já o segundo caso, da introversão, a pessoa sabe que não precisa ter vergonha ou medo de conversar ou expor suas ideias por receio do que os outros possam pensar, ele apenas é bastante cauteloso e prefere fazê-lo quando acha realmente conveniente.
A pessoa tímida pode procurar ajuda para resolver o problema. Isto muitas vezes o impede de alcançar êxitos e limita suas abordagens ainda que estas sejam de grande valia.
O acto pode se verificar no ambiente laboral onde a pessoa por mais que seja bom profissional, não encontra meios para exteriorizar aquilo que pensa e isso acaba o colocando numa situação difícil diante dos colegas e dos seus superiores hierárquicos.
O introvertido não precisa considerar isto um problema, antes pelo contrário. Esta (a introversão) é uma forma de ser e estar que deve ser compreendida e respeitada como tal, tem a ver com a personalidade da pessoa.
No ambiente de trabalho, por exemplo, a pessoa introvertia sabe a hora certa para se expressar e faz isso sem dificuldades. Não precisa pensar muito e sempre apresenta segurança quando aborda qualquer que seja o assunto.
Não se pode considerar os introvertidos pessoas antissociais, até porque se partirmos do pressuposto segundo o qual “o homem é um ser social”, isto é capaz de não fazer sentido. Mas este grupo de pessoas prefere locais mais calmos, mais relaxados e apenas não recebem os estímulos externos da mesma forma que os extrovertidos.
As pessoas tímidas pensam muito antes de emitirem qualquer opinião, elas temem críticas e represálias mesmo que não haja um motivo justificável, são inseguras. Mas como dissemos, é possível reverter o quadro. Tanto os introvertidos como os tímidos evitam interação social, mas por motivos diferentes.
Para os dois casos é preciso flexibilidade emocional por parte das outras pessoas para poderem apoiar e evitar julgamentos que podem agravar o caso.
Questões ligadas à hereditariedade podem justificar os dois quadros, mas também casos de bullying manifestados na infância ou adolescência, críticas sociais extremas, falta de autoconfiança entre outros factores, podem contribuir para que se chegue a um dos casos.
Por: Érica Januário