Tiroteio no liceu de Parkland: O governo dos EUA pagará 127,5 milhões de dólares às vítimas

Advogados das vítimas que apresentaram queixa disseram, em novembro, que estavam prontos para um “acordo histórico”.

O Departamento de Justiça dos EUA aceitou indemnizar em 127,5 milhões de dólares as vítimas do tiroteio numa escola em Parkland, na Florida, para encerrar os processos relativos à alegada má conduta da polícia federal antes da tragédia.

Os advogados das vítimas que entraram com o processo disseram em Novembro que estavam prontos para um “acordo histórico”.

A 14 de Fevereiro de 2018, Nikolas Cruz, de 19 anos de idade, abriu fogo com uma arma semi-automática AR-15 na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, Florida, da qual tinha sido expulso no ano anterior. O tiroteio deixou 17 mortos e 15 feridos, tornando-o num dos piores massacres escolares dos EUA.

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Em Outubro, o jovem declarou-se culpado e um júri determinará a sua sentença após um julgamento em Abril. Os procuradores procuraram a pena de morte para a pessoa responsável pelo massacre. Juntamente com o processo criminal, várias famílias de vítimas e sobreviventes entraram com uma ação civil contra os Estados Unidos, acusando o FBI de não ter seguido dois ‘alertas’ que apontavam para a perigosidade do jovem.

Quarenta dias antes da tragédia, uma mulher que o conhecia ligou para a polícia federal para dizer que este estava pronto para “explodir”, alertando mesmo que o jovem iria “entrar numa escola e começar a disparar”. Cinco meses antes dos eventos, o administrador de um canal na rede social YouTube também tinha relatado um comentário deixado num dos seus vídeos, em que um utilizador com o nome ‘Nikolas Cruz’ afirmava que se tornaria “um atirador profissional na escola”.

Agentes do FBI interrogaram o ‘youtuber’, sem estabelecer a ligação ao responsável pelo tiroteio mortal. Apesar de um grande histórico psiquiátrico, o jovem também conseguiu comprar legalmente a arma semiautomática.

O drama em Parkland despertou, na altura, imensa emoção nos Estados Unidos e levou a uma mobilização histórica liderada por vários jovens sobreviventes e pais das vítimas.

Esta culminou em 24 de março de 2018, quando a “Marcha pelas Nossas Vidas” concentrou 1,5 milhões de pessoas em todo o país, a maior manifestação nacional por um melhor controlo sobre armas de fogo da história dos Estados Unidos. A manifestação chegou a sugerir a hipótese para uma mudança legislativa, que não chegou a acontecer.

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