Tóquio 2020: Chama olímpica chega ao Japão

A chama olímpica chegou hoje ao Japão, onde a recepção foi pequena e rápida devido à pandemia da Covid-19, que está a pôr em dúvida a realização dos Jogos Olímpicos, em Tóquio, no verão.

O avião, decorado com os anéis e logótipos olímpicos das Olimpíadas de Tóquio 2020, aterrou na base aérea de Matsushima (nordeste), com a tocha olímpica a bordo.

A região foi especialmente escolhida por simbolizar a reconstrução das zonas devastadas pelo gigantesco tsunami de 11 de Março de 2011, seguido pelo acidente nuclear de Fukushima.

Os antigos campeões olímpicos Saori Yoshida e Tadahiro Nomura desceram do aparelho com a chama, vinda de Atenas. Uma guarda de honra na pista aguardava a chama, perante uma pequena assistência, sentada em cadeiras.

Depois da chegada ao Japão, a chama olímpica ficará exposta ao público durante uma semana em várias localidades do nordeste japonês, antes de passar por 47 regiões do país.

O comité organizador pediu já ao público que evite concentrar-se para assistir à passagem da tocha olímpica, de acordo com as recomendações do governo japonês para conter o surto da Covid-19.

O Comité Olímpico Internacional (COI) tem reiterado o « compromisso total » com a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 nas datas previstas, de 24 de Julho a 09 de Agosto, por não existir « necessidade de quaisquer decisões drásticas ».

Assumindo que esta é uma « situação sem precedentes para todo o mundo », o COI encorajou « todos os atletas a continuarem a preparar-se para Tóquio 2020 da melhor forma possível ».

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos. A Espanha regista 767 mortes (17.147 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).

Destaque também para o Irão, com 1.284 mortes em 18.407 casos. Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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