O texto emocionado de Selma Uamusse sobre o “terror” no país onde nasceu.

Selma Uamusse partilhou um texto emocionado nas redes sociais sobre a grave situação humanitária na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, onde, desde 2017, decorre um conflito armado que já provocou milhares de mortes e obrigou quase um milhão de pessoas a fugir.

« Acordo mais um dia com o coração apertado com os testemunhos que me chegam da situação em Cabo Delgado », escreve Uamusse, que nasceu em Moçambique mas veio para Portugal com apenas 6 anos, « esta manhã, nas minhas orações, chorei pela impotência, mas chorei porque acredito que a situação pode mudar ».

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A artista, que enveredou por uma carreira a solo depois de integrar os Wraygunn ao lado de Paulo Furtado, pede ajuda aos seus seguidores: « Se és crente, ora! Se és músico, faz uma canção! Se tens algum tipo de visibilidade ( televisão, rádio, artes, economia, jornalismo), usa-a! Se és dirigente político, usa a tua influência! Cidadão comum? Lê, informa-te e não divulgues informação errada ».

« Todos somos responsáveis por não fechar os olhos », acrescenta Uamusse, apelando aos donativos para instituições que ajudam os deslocados, « por favor, vamos dar visibilidade ao terror que acontece em Cabo Delgado desde 2017, não fiquemos indiferentes ».

O conflito na região norte de Moçambique, zona rica em recursos naturais – nomeadamente gás natural -, começou há quatro anos com um ataque da milícia armada al-Shabaab a uma esquadra da polícia em Mocimboa da Praia.

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A milícia tem ligações a organizações terroristas internacionais, tendo o Daesh reivindicado o ataque à vila de Palma, na semana passada, que resultou na morte de dezenas de pessoas, incluindo estrangeiros.

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