África: Marrocos aceita parte da ajuda internacional

O Ministério do Interior afirmou que as autoridades marroquinas efetuaram « uma avaliação precisa » das necessidades no terreno, tendo em conta que “a falta de coordenação nestes casos pode ter resultados contraproducentes”.

Marrocos anunciou este domingo que aceitou ajuda, « nesta fase », de apenas quatro países, na sequência do forte sismo que atingiu o país na sexta-feira: Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos. A informação foi avançada pelo Ministério do Interior marroquino que, num comunicado, esclareceu que Rabat respondeu favoravelmente, « nesta fase », às ofertas destes quatro países « para o envio de equipas de busca e salvamento ».

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Este esclarecimento surge numa altura em que vários países e organizações, como Portugal, Estados Unidos, França ou a ONU declararam estar disponíveis e em prontidão para prestar ajuda.

O Ministério do Interior afirmou que as autoridades marroquinas efetuaram « uma avaliação precisa » das necessidades no terreno, tendo em conta que « a falta de coordenação nestes casos pode ter resultados contraproducentes ». Acrescentou ainda que, na fase atual, as autoridades do país magrebino aceitaram a ajuda oferecida pela Espanha, Catar, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, que « propuseram equipas de busca e salvamento », e salientou que estas equipas já chegaram ao país e contactaram os seus homólogos marroquinos.

« Com o progresso das operações de intervenção, à medida que a avaliação das eventuais necessidades evolui, isso levaria a recorrer a ofertas de apoio propostas por outros países amigos, segundo as necessidades de cada etapa », segundo o comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE. O executivo acrescenta ainda que « aprecia todas as iniciativas de solidariedade provenientes de diferentes partes do mundo, e afirma que respeita esses países ».

A Espanha enviou, domingo de manhã, a primeira equipa de socorro da Unidade Militar de Emergência (UME) do exército, composta por 56 militares e quatro soldados do exército marroquino. Outros países, como Portugal, França ou os Estados Unidos da América também disponibilizaram a sua ajuda, mas ficaram a aguardar orientações das autoridades marroquinas.

O primeiro-ministro português, António Costa, salientou este domingo que o país tem equipas de proteção civil e medicina legal em estado de prontidão e que o Governo continua a acompanhar a situação dos portugueses que se encontram em Marrocos. No sábado, Portugal realizou uma operação que permitiu trazer cerca de 140 portugueses que queriam regressar.

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken também anunciou este domingo que Washington contactou o Governo marroquino, assim como o Presidente francês, Emmanuel Macron, que garantiu que França está pronta para ajudar « no segundo » em que as autoridades marroquinas o solicitem. Também o Governo argentino ofereceu formalmente ajuda humanitária, tendo colocado à disposição o envio imediato de uma equipa de 28 elementos especializados em busca e salvamento, assim como três toneladas de materiais e suprimentos.

Entretanto, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) vai dar 1,05 milhões de euros (um milhão de francos suíços) para ajudar em missões de resposta ao terramoto em Marrocos.

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