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Desporto/Fórmula 1: O Grande Prémio da Hungria vai redefinir o rumo da temporada?

Última corrida antes da pausa de verão promete emoções fortes com duelos decisivos entre companheiros de equipa, estreias cruciais e pressão crescente nos bastidores da Fórmula 1.

BUDAPEST, HUNGARY - JULY 21: Oscar Piastri of Australia driving the (81) McLaren MCL38 Mercedes, Lando Norris of Great Britain driving the (4) McLaren MCL38 Mercedes and Max Verstappen of the Netherlands driving the (1) Oracle Red Bull Racing RB20 lead the field into turn one at the start during the F1 Grand Prix of Hungary at Hungaroring on July 21, 2024 in Budapest, Hungary. (Photo by Mark Thompson/Getty Images) // Getty Images / Red Bull Content Pool // SI202407210337 // Usage for editorial use only //

O regresso à Hungria marca não só o fim de uma sequência dupla de corridas como também o encerramento da primeira metade da temporada, antes de uma paragem obrigatória de duas semanas em agosto. Embora se aproxime uma pausa, o Grande Prémio de Budapeste deste fim de semana carrega um peso estratégico importante para equipas e pilotos.

Uma oportunidade para marcar o ritmo

Oscar Piastri chega ao circuito onde conquistou a sua primeira vitória na Fórmula 1 com 16 pontos de vantagem sobre o colega de equipa da McLaren, Lando Norris, após o triunfo em Spa-Francorchamps no domingo passado.

Essa foi a primeira vitória de Piastri em quatro corridas e uma resposta sólida às conquistas consecutivas de Norris na Áustria e no Reino Unido. Apesar de ter demonstrado rapidez em ambas as ocasiões, Piastri viu a diferença entre os dois cair para apenas alguns pontos na luta pelo título.

Por ser a última corrida antes das férias, os resultados ganham simbolismo adicional, com o vencedor a levar consigo o embalo até ao final de agosto. Se Piastri vencer novamente, poderá distanciar-se até 23 pontos de Norris, praticamente o equivalente a uma vitória. No entanto, Norris ainda pode inverter a narrativa com um triunfo, reduzindo a diferença para apenas nove pontos.

A luta pelo título promete manter-se acesa até ao final da temporada, mas o desfecho deste fim de semana terá um peso prolongado.

Hamilton e Ferrari tentam consolidar evolução

O fim de semana na Bélgica foi frustrante para Lewis Hamilton, que teve dificuldades em adaptar-se às novas peças do Ferrari e sofreu duas eliminações precoces nas qualificações.

Um despiste na Sprint Qualifying foi atribuído a ajustes num novo componente, enquanto Hamilton excedeu os limites de pista na Q1 de sábado, perdendo o melhor tempo e sendo eliminado.

No entanto, o heptacampeão recuperou de forma impressionante na corrida de domingo, com várias ultrapassagens marcantes e uma paragem estratégica que lhe permitiu sair da via das boxes para terminar em sétimo. No final, Hamilton revelou estar a começar a encontrar ritmo com as atualizações do Ferrari, nomeadamente a nova suspensão traseira.

Com a oportunidade de continuar esse progresso em Budapeste, Ferrari e Hamilton esperam um desempenho mais forte, tendo em conta que Charles Leclerc demonstrou o potencial do carro atualizado ao subir ao pódio em Spa.

Leclerc e o diretor da equipa, Fred Vasseur, destacaram que a Ferrari está a extrair cada vez mais do novo pacote técnico a cada sessão — um sinal encorajador para a Hungria.

Antonelli procura reencontrar confiança

Enquanto Hamilton conseguiu pontuar apesar da partida da via das boxes, Kimi Antonelli — que o substituiu na Mercedes — não teve a mesma sorte.

O jovem italiano teve um fim de semana difícil, com eliminações na primeira fase da Qualificação e uma recuperação apenas até ao 16.º lugar, embora tenha registado a volta mais rápida da corrida.

Antonelli confessou que tem sentido falta de confiança nas últimas provas, algo que se refletiu fortemente no sábado na Bélgica. Ainda assim, sentiu evolução durante a corrida, onde utilizou uma asa de maior carga aerodinâmica que lhe permitiu recuperar sensações, apesar do défice de velocidade em linha reta.

Antes da pausa, o piloto de 18 anos espera melhorar o desempenho nas Qualificações, para correr mais próximo da frente e tirar melhor partido do ritmo em corrida. As três sessões de treinos livres em Budapeste serão cruciais para reencontrar o equilíbrio.

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Colapinto ainda persegue os primeiros pontos

A segunda vaga na Alpine, ao lado de Pierre Gasly, tem sido um desafio. Jack Doohan ocupou o lugar nas primeiras seis corridas antes de ser substituído por Franco Colapinto, e nenhum dos dois pilotos pontuou até agora, com ambos a registarem o melhor resultado em 13.º lugar. Todos os 20 pontos da equipa foram conquistados por Gasly.

O diretor executivo Flavio Briatore já mostrou que não hesita em mudar, e deixou claro que Colapinto manterá o lugar enquanto apresentar resultados, mas uma nova substituição não está descartada se o desempenho não melhorar.

O Alpine não é um carro competitivo este ano, e a equipa arrisca-se a afundar ainda mais na classificação se continuar a depender de um único piloto. Colapinto sabe que precisa de fins de semana mais consistentes para assegurar o lugar.

Budapeste é um circuito onde o argentino já brilhou nas categorias de base, com dois pódios, e um bom resultado agora permitir-lhe-ia encarar a pausa com mais confiança e tranquilidade.

Hungaroring de cara lavada

Quem acompanhou o Grande Prémio da Hungria no ano passado vai notar mudanças significativas este ano — não no traçado, que se mantém igual, mas sim nas infraestruturas da reta da meta.

O edifício das boxes e a bancada principal foram completamente demolidos e substituídos por estruturas modernas, dando mais espaço de trabalho às equipas e melhores condições aos espectadores. As obras foram realizadas durante o inverno e trouxeram um visual renovado ao circuito, aumentando o conforto e a funcionalidade para todos os envolvidos.