O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, anunciou esta segunda-feira, em Nova Iorque, que Moçambique vai lançar oficialmente no próximo mês o projeto Coral Norte, avaliado em 7,2 mil milhões de dólares, localizado na Área 4 da Bacia do Rovuma.

O anúncio foi feito durante a reunião da Global Energy Alliance, à margem da 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde Chapo confirmou que as obras de construção terão início em outubro.

O Coral Norte é liderado pela multinacional italiana Eni e representa o segundo projeto de gás natural liquefeito flutuante (FLNG) de Moçambique, depois do Coral Sul, que iniciou exportações em 2022.

O novo projeto prevê a produção anual de 3,55 milhões de toneladas de LNG durante os próximos 30 anos, consolidando a posição do país como um dos grandes intervenientes no setor energético africano.

A decisão surge após a aprovação, no início deste ano, do plano de desenvolvimento da Eni pelo Governo moçambicano.

Tal como o Coral Sul, o Coral Norte será alimentado pelo mesmo reservatório, estimado em 450 a 500 mil milhões de metros cúbicos de gás, e contará com seis poços submarinos. A entrada em funcionamento está prevista para o segundo trimestre de 2028.

O novo investimento reforça as ambições do país em matéria de exploração de gás natural no offshore, apesar dos desafios enfrentados pelos projetos em terra firme.

O desenvolvimento Golfinho e Atum, avaliado em 20 mil milhões de dólares e liderado pela TotalEnergies na Área 1, permanece suspenso ao abrigo de força maior devido à atividade armada na Península de Afungi.