A Paralisação iniciada a 10 de Julho estende-se até 22 de Agosto, ante o silêncio do Governo.

Os médicos moçambicanos continuam nesta segunda-feira, 31, a greve iniciada no dia 10 por mais 21 dias, depois de, durante a paralisação que terminaria neste domingo, a Associação Médica de Moçambique (AMM) não ter recebido nenhum contato do Governo, segundo o seu Presidente.

“A classe médica decidiu por unanimidade prorrogar a greve por mais 21 dias, ou seja, a greve vai continuar até ao dia 21 de agosto”, reiterou Milton Tatia em declarações à imprensa.

Os médicos reivindicam o cumprimento de um acordo de 15 pontos com o Governo assinado em Dezembro, entre eles a fórmula de cálculo para o pagamento dos subsídios de diuturnidade, das horas extras, problemas de enquadramento e cortes salariais.

Os profissionais queixam-se ainda de intimidações e pedem melhorias das unidades sanitárias.

O presidente da AMM disse na quinta-feira, 27, que depois de 17 dias de greve, o Governo não tinha reagido.

Na quinta-feira, 27, Milton Tatia reiterou que a AMM não foi contatado pelo Governo. Ele acrescentou que como médicos, eles teêm consciência das dificuldades financeiras que o país enfrenta, e foi com base nisso que, em Fevereiro, a classe médica cedeu em quase todas reivindicações do caderno inicial.

O Governo, através do seu porta-voz, Filimao Suaze, reafirmou que o Executivo está a dar resposta às inquietações. “Nós como Governo estamos a trabalhar, mas posso lhe assegurar que aquilo que foi a promessa será integralmente cumprida dentro de tempo”, disse Suaze.

As consequências dessa greve poderão ser ainda mais graves com essa prorrogação. Gilberto Manhiça, alerta para o impacto da ausência de profissionais qualificados nas unidades sanitárias… 

Por outras palavras a ausência da actividade medica coloca mais pacientes sem atendimento, causando o desnecessário aumento do seu sofrimento, agravamento do seu estado, e possível perda da sua vida. Estes desfechos têm repercussões graves sobre a vida dos pacientes.