África do Sul: África do Sul desdenha as sanções anti-russas

O magnata do aço Alexey Mordashov está livre para atracar o seu super iate no país, disse o porta-voz do presidente

A África do Sul não tem qualquer intenção de aplicar sanções ocidentais contra o empresário russo Alexey Mordashov, o que significa que o seu mega-iate de 500 milhões de dólares poderá entrar nos portos locais, disse na terça-feira o porta-voz presidencial Cyril Ramaphosa.

Falando aos jornalistas, Vincent Magwenya, o porta-voz do líder sul-africano, observou que Pretória “não tem qualquer obrigação legal de cumprir as sanções impostas pelos EUA e pela UE”, acrescentando que as autoridades do país aderem às sanções da ONU. Contudo, referindo-se ao magnata russo, Magwenya acrescentou que “actualmente não há sanções da ONU impostas ao indivíduo em questão”.

A África do Sul “não tem, portanto, qualquer razão para impedir” a entrada do navio nos seus portos, disse ele.

Mordashov, que tem um património líquido de 18,3 mil milhões de dólares, é o accionista maioritário da grande empresa siderúrgica Severstal. A UE, Reino Unido e EUA impuseram sanções à empresa após o início da campanha militar russa na Ucrânia, no final de Fevereiro.

Entretanto, na semana passada, o seu iate de luxo Nord de 142 metros deixou Hong Kong, que também se recusou a implementar as sanções ocidentais. Está agora a caminho do porto sul-africano da Cidade do Cabo, onde se espera que chegue no dia 9 de Novembro.

A África do Sul recusou-se a aderir às sanções ocidentais contra a Rússia desencadeadas pelo conflito na Ucrânia, tendo o seu presidente argumentado em finais de Maio que as restrições iriam prejudicar “países espectadores”.

A Rússia e a África do Sul têm laços calorosos que remontam aos anos 60, quando a União Soviética apoiou os combatentes da liberdade anti-apartheid. Além disso, a África do Sul é membro do BRICS, um fórum político e socioeconómico internacional que inclui também o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, com mais países a procurarem aderir. O bloco já representa mais de 40% da população mundial e quase um quarto do PIB mundial.

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