China só vai atingir a sua máxima força industrial daqui a 30 anos

Apesar de muitos observadores já verem a China como a “fábrica do mundo”, o governo chinês diz que ainda está a 30 anos de atingir esse patamar. Os líderes da China estão preocupados com a forte dependência dos Estados Unidos em tecnologia como, por exemplo, semicondutores, segundo a “BBC”.

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Miao Wei, conselheiro do governo chinês, afirmou que a China está a 30 anos de atingir a “grandiosidade” na produção, sublinhando que as capacidades básicas do gigante asiático “ainda são fracas”.

“As tecnologias essenciais estão nas mãos de terceiros, e a China corre o risco de ser atingida na garganta”, alertou Miao, que foi ministro da Indústria e Tecnologia da Informação durante uma década. Miao é atualmente membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o principal órgão conselheiro do governo de Xi Jinping.

Embora a China ainda produza uma quantidade significativa de produtos industriais e de consumo, a sua produção industrial diminuiu. Em 2020, a indústria foi responsável por pouco mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, o nível menor desde 2012.

“A proporção da produção industrial em relação ao PIB diminuiu muito cedo e muito rapidamente”, disse Miao num discurso dirigido aos delegados da CCPPC. “A produção indústria da China obteve grandes conquistas nos últimos anos, mas a situação de ser grande, mas não forte e abrangente, que não é boa, não mudou fundamentalmente”, acrescentou Miao.

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A China também apresentou o seu projeto económico para os próximos cinco anos. O governo chinês quer acelerar o desenvolvimento de tecnologias avançadas, dos chips à inteligência artificial (IA). A iniciativa foi potenciada pelos repetidos bloqueios no acesso da China à tecnologia dos EUA sob o governo Trump. Empresas chinesas como a Huawei foram impedidas de comprar componentes essenciais.

Estabelecer os seus próprios fabricantes domésticos de chips de classe mundial tornou-se numa das principais prioridades dos líderes chineses. O plano de cinco anos visa sete áreas estratégicas consideradas essenciais para a segurança nacional e inclui IA, computação quântica, neurociência e aeroespacial.

O projeto reitera o desejo da China de aumentar a competitividade no desenvolvimento de aeronaves, robótica e veículos elétricos.

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