Crise ucraniana: novas conversações na cimeira para tentar evitar a “invasão” russa

O Ocidente promete à Rússia “fortes sanções económicas” no caso de uma invasão. O Kremlin deixou claro que não se importa com estas ameaças.

Numa tentativa de resolver uma das crises mais perigosas entre o Oriente e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria há três décadas, o Presidente dos EUA Joe Biden e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltaram a falar ao telefone no domingo 13 de Fevereiro.

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“Os dois líderes concordaram sobre a importância de prosseguir a diplomacia e a dissuasão em resposta à acumulação militar russa nas fronteiras da Ucrânia”, disse a Casa Branca. O Sr. Biden prometeu novamente uma resposta “rápida e decisiva” dos EUA, em coordenação com os seus aliados, no caso de um ataque russo. O Sr. Zelensky convidou o Sr. Biden a vir à Ucrânia. “Estou convencido que a sua visita a Kiev nos próximos dias (…) enviaria um sinal forte e ajudaria a estabilizar a situação”, disse ele.

A troca ocorre num momento de intensa actividade diplomática: no sábado, líderes ocidentais e russos fizeram uma série de telefonemas para tentar aliviar as tensões sobre a Ucrânia, que Moscovo é acusada de se preparar para invadir. Mas estas conversações parecem ter produzido poucos resultados. O encontro entre o Sr. Biden e o Presidente russo Vladimir Putin no sábado não deu “motivos para optimismo”, disse no domingo o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

No dia anterior, a Rússia tinha escarnecido do risco de sanções ocidentais no caso de uma invasão da Ucrânia. “Perdoem a expressão, mas não queremos saber de todas as suas sanções”, disse o embaixador russo na Suécia Viktor Tatarintsev à Aftonbladet, numa entrevista publicada no final de sábado no sítio web do jornal sueco. “Já nos foram impostas tantas sanções e de certa forma elas tiveram efeitos positivos na nossa economia e agricultura”, acrescentou o experiente Tatarintsev.

Invasão “iminente” temida pelo Ocidente


Washington diz temer uma invasão “iminente”, assinalando que Moscovo reuniu mais de 100.000 tropas perto da fronteira ucraniana e acaba de iniciar manobras militares no Mar Negro e na Bielorrússia, enquadrando de facto o país.

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Moscovo, que já anexou a Crimeia em 2014, condiciona a desescalada a uma série de exigências, incluindo a garantia de que Kiev nunca aderirá à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – uma condição que o Ocidente considera inaceitável.

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