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Desporto/Futebol: João Félix despede-se da Europa e abraça desafio saudita aos 25 anos

Após uma ascensão meteórica no Benfica e passagens por clubes de topo como Atlético de Madrid, Chelsea e Barcelona, João Félix troca a elite europeia por Al Nassr, numa tentativa de reabilitar a sua carreira longe dos holofotes

Prometido a um futuro brilhante e apontado como um dos maiores talentos da sua geração, João Félix decidiu virar a página e deixar o futebol europeu aos 25 anos, ingressando no Al Nassr, da Arábia Saudita. Um destino inesperado para quem, aos 19 anos, fazia sonhar os adeptos do Benfica e despertava o interesse dos maiores clubes do mundo.

A sua estreia na equipa principal do Benfica, marcada por um golo decisivo frente ao Sporting num dérbi emocionante, foi o prenúncio de uma temporada de sonho. Com 20 golos e 8 assistências, Félix teve papel fundamental na conquista do campeonato e parecia destinado a voos ainda maiores. Em Julho de 2019, tornou-se na transferência mais cara da história do futebol português, ao ser adquirido pelo Atlético de Madrid por 126 milhões de euros.

No entanto, o encaixe com o estilo defensivo de Diego Simeone nunca foi harmonioso. Félix mostrou talento, mas raramente consistência, e apesar de ter contribuído para o título espanhol em 2021, nunca se afirmou como uma estrela incontestável no Wanda Metropolitano. O clube espanhol tentou recuperar o investimento através de empréstimos sucessivos.

Primeiro, ao Chelsea, onde teve um início promissor mas terminou com apenas quatro golos em 20 jogos. Depois, ao Barcelona, clube com o qual sonhava, onde marcou nos dois jogos frente ao Atlético, mas voltou a cair na irregularidade. Por fim, tentou relançar-se no AC Milan, com um início animador mas sem impacto duradouro.

Ao regressar a Londres, percebeu que não fazia parte dos planos de Enzo Maresca, e mesmo um eventual regresso ao Benfica não se concretizou, com o clube lisboeta a recusar o valor exigido.

Foi então que surgiu o Al Nassr, com o apoio financeiro do Public Investment Fund, parceiro do consórcio proprietário do Chelsea. O clube saudita pagou 30 milhões de euros e ofereceu a João Félix um contrato até 2027, juntando-o a nomes como Cristiano Ronaldo, numa liga menos competitiva, mas altamente lucrativa.

A transferência marca um ponto de viragem: do prodígio europeu ao exílio dourado. Embora ainda jovem, resta saber se João Félix conseguirá recuperar o brilho perdido ou se esta mudança representa o adeus definitivo à elite do futebol mundial.

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