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Desporto/Tênis: Internazionali de Roma 2025 consagra Alcaraz e Paolini e reforça o domínio italiano no ténis mundial

A edição de 2025 do Internazionali de Roma confirmou o domínio crescente do ténis italiano e destacou-se por momentos inesquecíveis dentro e fora dos courts. Carlos Alcaraz conquistou o título de singulares masculinos ao vencer Jannik Sinner, enquanto a italiana Jasmine Paolini brilhou ao vencer a americana Coco Gauff em singulares femininos. Para completar o feito, Paolini, ao lado de Sara Errani, triunfou também em pares, assegurando um “bis” para Itália. Já na categoria de pares masculinos, a vitória foi para a dupla veterana Arevalo-Pavic.

Apesar de Jannik Sinner, número 1 do mundo, não ter conseguido erguer o troféu em casa, a sua prestação foi marcada por um regresso promissor após três meses de ausência. A sua entrada em competição com vitória sobre o argentino Mariano Navone indicava que pretendia testar os seus limites e progressos, tendo mesmo eliminado Casper Ruud com autoridade. No entanto, a meia-final frente a Tommy Paul e a final diante de Alcaraz revelaram fragilidades nos momentos decisivos. O espanhol mostrou maior solidez física e mental, com uma exibição firme e estratégica, provando mais uma vez que continua a ser o rei da terra batida, ainda que longe do seu melhor nível técnico.

O desespero de Jannik Sinner

Lorenzo Musetti, também italiano, reconheceu com franqueza que “Alcaraz em terra batida é o mais forte de todos, mesmo mais que Sinner”, uma declaração que dividiu os adeptos italianos. O tenista da Toscânia, agora no top 10, reafirmou o seu amadurecimento físico e emocional, demonstrando progressos importantes, sobretudo frente a Alexander Zverev, eliminado nos quartos-de-final.

Fora das vitórias, o torneio foi marcado por várias polémicas. As bolas utilizadas foram criticadas por Alexander Zverev, que as considerou “uma anedota”, por serem maiores e dificultarem os winners. A marca Dunlop, responsável pela produção, desmentiu as acusações, sugerindo que o problema residiria na lentidão dos courts romanos. Holger Rune e Clara Tauson, ambos dinamarqueses, também denunciaram as más condições dos campos, com buracos visíveis e riscos para a integridade física dos atletas.

Alexander Zverev

A organização voltou a ser alvo de críticas por parte do público pagante e dos media, apesar de o bom tempo ter ajudado ao desenrolar das competições. O presidente da Federação Italiana de Ténis e Padel, Angelo Binaghi, mantém a ambição de transformar o torneio no “quinto Grand Slam”, mas admite que ainda há obstáculos por resolver. O futuro parece promissor, com o anúncio de uma remodelação do court central, que deverá incluir um aumento de lugares e uma cobertura para evitar suspensões por chuva, com conclusão prevista para 2027.

Entre as melhores imagens do torneio está o sorriso contagiante de Jasmine Paolini. A tenista italiana protagonizou o maior feito da sua carreira ao vencer em singulares e pares, perante uma plateia entusiasta no Foro Itálico. A sua atitude descontraída e determinada cativou os adeptos, tornando-a o símbolo desta edição. O seu sucesso, partilhado com Sara Errani, reforça o momento dourado do ténis feminino italiano.

Jasmine Paolini com o troféu

Roma não assistiu apenas a grandes jogos. O torneio contou com momentos simbólicos como a presença do Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, e até a eleição papal transmitida em direto. A edição de 2025 dos Internazionali de Roma mostrou que o ténis italiano vive uma nova era, onde os seus atletas não são apenas promessas, mas protagonistas do circuito mundial.

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