O governo moçambicano vai contratar provisoriamente 60 médicos para minimizar o impacto da greve dos profissionais da classe, em curso no país, desde o dia 10 de Julho. A decisão foi anunciada no final da habitual sessão do conselho de Ministros, para quem a greve dos médicos está a ter um impacto negativo na vida dos cidadãos.
Foi o Porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, que tornou pública esta informação que o governo moçambicano vai mesmo avançar com a primeira vaga de contratação de médicos.
A decisão faz parte de um pacote de medidas, com o qual o executivo pretende devolver a normalidade no atendimento, nas unidades sanitárias do país.
« Em algum momento o estado deverá colocar os médicos grevistas na situação de deverem escolher se pretende continuar a prestar serviço no sistema nacional de saúde ou pretendem deixar os seus lugares disponíveis para que desta contratação provisória que vai acontecer possamos passar, para a contratação definitiva de muitos médicos moçambicanos que vão fazer a sua parte na resolução dos problemas que os moçambicanos estão a enfrentar agora por causa da greve », começou por dizer.
O porta-voz do governo reiterou a intenção do governo de rever o estatuto do médico, mas tranquiliza a classe, que já se mostra preocupada.
O executivo, reunido na sua 27ª sessão do Conselho de Ministros, anunciou que está ultrapassado o atraso no pagamento de salários aos funcionários e agentes do estado.