A ex-presidente da Assembleia da República e actual ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, diz qualquer eclosão do coronavírus, vai piorar as condições de vida dos cidadãos moçambicanos.
“Se a economia recuar por causa desta pandemia, significa que a vida das pessoas vai estar numa situação de muita debilidade e as condições vão ser piores do que aquelas que temos ».
A governante considera muito preocupante a situação provocada por esta doença no mundo, e enaltece o trabalho do Ministério Saúde na prevenção da pandemia.
« É um trabalho que tem que ser continuado e melhorado, sem dúvida, mas há muita responsabilidade, a vida das nossas comunidades deve ser cada vez melhor”.
Por sua vez, o ministério da Saúde necessita de 23 milhões de dólares para fazer face a uma eventual eclosão da pandemia, em situação de extrema gravidade.
A directora Nacional Adjunta da Saúde Pública, Benigna Matsinhe, diz que o Plano Nacional de resposta ao coronavírus tem capacidade para prestar assistência a 100 pessoas.
Matsinhe afirma que o plano visa dar resposta à pandemia a nível nacional, caso a doença ocorra.
E o director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde, Eduardo Samo Gudo, diz que o movimento transfronteiriço de Moçambique coloca o país numa situação de menor vulnerabilidade a contaminações do coronavírus, mas mesmo assim, não deve relaxar os esforços de prevenção.
África do Sul, vizinho mais influente de Moçambique, já reportou, pelo menos, 150 casos.