Guerra no Médio Oriente: O Conselho de Segurança da ONU convoca uma reunião de emergência para segunda-feira

A pedido do Irão, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de emergência na segunda-feira, 28 de outubro, para debater a situação no Médio Oriente, nomeadamente na sequência dos ataques israelitas a alvos militares no Irão. O embaixador israelita reiterou o “direito e o dever do seu país de se defender”.

Nova reunião de emergência à vista. O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na segunda-feira, 28 de outubro de 2024, para discutir a situação no Médio Oriente, anunciou a Presidência suíça do Conselho no domingo, 27 de outubro, noticia a AFP. A reunião terá lugar às 20h00 (15h00 de Nova Iorque) e surge na sequência de um pedido apresentado pelo Irão e apoiado pela Argélia, China e Rússia, segundo a presidência.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, apelou anteriormente à reunião do Conselho de Segurança para condenar os ataques israelitas contra alvos militares no Irão, em resposta à salva de mísseis disparados por Teerão a 1 de outubro. “As acções do regime israelita constituem uma séria ameaça à paz e à segurança internacionais e desestabilizam ainda mais uma região já de si frágil”, afirmou Araghchi numa carta enviada aos 15 membros do Conselho no sábado, 26 de outubro, citada pela Reuters. “A República Islâmica do Irão, de acordo com os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e no direito internacional, reserva-se o direito inerente de responder legal e legitimamente a estes ataques criminosos no momento apropriado”, escreveu.

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O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, rejeitou o pedido de Teerão à ONU, numa declaração emitida no domingo e transmitida pela Reuters. “Como já dissemos em muitas ocasiões, temos o direito e o dever de nos defendermos e utilizaremos todos os meios à nossa disposição para proteger os cidadãos de Israel”, reiterou Danny Danon.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a “todas as partes para que cessem todas as acções militares, incluindo em Gaza e no Líbano, para que envidem todos os esforços para evitar uma guerra regional generalizada e para que regressem à via da diplomacia”, segundo o seu porta-voz, num comunicado divulgado no sábado. No domingo, o Presidente da Comissão Europeia afirmou também estar “chocado com o número atroz de mortos, feridos e destruição no norte” da Faixa de Gaza, onde o exército israelita prossegue as suas operações.

“A angústia dos civis palestinianos encurralados no norte da Faixa de Gaza é insuportável”, denunciou em comunicado de imprensa, descrevendo ‘civis encurralados sob escombros, doentes e feridos privados de cuidados de saúde vitais e famílias sem alimentos e abrigo’.

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