Médio Oriente/Tréguas em Gaza: o Hamas terá aprovado o plano, Israel está a “examinar cuidadosamente” os pormenores

No centro das negociações, o Qatar declarou na terça-feira, 6 de fevereiro, ter recebido uma resposta “globalmente positiva” do movimento palestiniano. O documento está agora a ser estudado pelos serviços secretos externos do Estado hebreu.

Um pequeno passo adicional quase quatro meses após o início da guerra. O Qatar anunciou na terça-feira, 6 de fevereiro, que tinha recebido um “sim” do Hamas sobre um projeto de acordo de tréguas, o segundo após a trégua de uma semana em novembro. “Recebemos uma resposta do Hamas sobre o quadro geral do acordo de reféns. Esta resposta contém alguns comentários, mas é globalmente positiva”, declarou o Primeiro-Ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, numa conferência de imprensa realizada ao lado do Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que se encontra de visita a Doha.

“A resposta do Hamas foi transmitida pelo mediador do Qatar à Mossad. Os pormenores estão a ser cuidadosamente examinados pelos funcionários envolvidos nas negociações”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, num comunicado divulgado nessa noite.

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“Vou retomar esta conversa amanhã [quarta-feira] em Israel, quando lá estiver, e vamos trabalhar o mais possível para tentar chegar a um acordo”, disse Antony Blinken, o chefe da diplomacia norte-americana, que está de novo em viagem pelo Médio Oriente.

O primeiro-ministro do Qatar, que participou em discussões sobre o assunto há uma semana em Paris com responsáveis americanos, israelitas e egípcios, declarou-se “otimista”, mas recusou-se a dar pormenores sobre a resposta do Hamas, invocando a “sensibilidade das circunstâncias”.

Num comunicado de imprensa divulgado na terça-feira, o movimento islamita palestiniano confirmou ter apresentado a sua resposta aos mediadores egípcios e do Qatar relativamente a uma proposta de cessar-fogo com Israel, nomeadamente no que se refere aos reféns ainda detidos na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas em solo israelita, a 7 de outubro. Segundo as autoridades israelitas, continuam detidos 132 reféns, dos quais 28 foram dados como mortos.

“A perspetiva de uma calma prolongada”

“Ainda há muito trabalho a fazer. Mas continuamos a acreditar que um acordo é possível e, de facto, essencial, e continuaremos a trabalhar incansavelmente para o conseguir”, afirmou Antony Blinken, que se encontra na sua quinta viagem à região desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

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Na sua opinião, o projeto de acordo “oferece a perspetiva de uma calma prolongada, a libertação de reféns e um aumento da ajuda humanitária” à Faixa de Gaza sitiada. O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou: “Isto seria claramente benéfico para todos e penso que é o melhor caminho a seguir”.

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