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Internacional/América do Norte: Trump impõe tarifas pesadas e trava negociações, Acordo comercial com o Canadá em risco

A escalada tarifária imposta por Trump reacende tensões com o Canadá e ameaça setores estratégicos como o aço, o alumínio e a indústria automóvel.

O Canadá enfrenta um novo impasse nas suas relações comerciais com os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump ter anunciado novas tarifas aduaneiras generalizadas contra produtos canadianos.

Na sexta-feira, Trump impôs tarifas de 35% sobre produtos que não respeitam o Acordo Canadá-EUA-México (CUSMA), justificando a medida com a falta de cooperação do Canadá no combate às importações de fentanil, bem como com as represálias adotadas por Ottawa.

Além disso, o presidente norte-americano introduziu uma tarifa de 50% sobre produtos semiacabados de cobre e manteve as tarifas existentes sobre aço, alumínio e automóveis canadianos.

“É uma má notícia”, declarou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Peter MacKay ao canal CTV News, este domingo.
“É uma má notícia para os mercados. É uma má notícia para muitos setores de ambos os lados da fronteira… Existe agora uma vontade forte de resolver esta situação.”

O ministro canadiano do Comércio, Dominic LeBlanc, indicou que espera uma conversa entre o primeiro-ministro Mark Carney e Trump nos próximos dias, com o objetivo de acabar com o conflito crescente.

Para Peter MacKay, as conversações ao mais alto nível são agora essenciais para evitar uma escalada.

“Ter discussões pessoais com o nosso primeiro-ministro […] é provavelmente a única forma de desbloquear este acordo comercial”, afirmou.

Mesmo com cerca de 75% das mercadorias isentas de tarifas, os setores estratégicos, como o aço, o alumínio, o cobre e o setor automóvel, enfrentam custos acrescidos significativos.

MacKay também alertou para o risco de a guerra comercial se tornar pessoal, referindo-se a precedentes recentes:

“Vimos o que aconteceu, como com o antigo primeiro-ministro Trudeau, quando a situação se tornou pessoal. A economia canadiana é sempre a primeira a sofrer as consequências.”

Trump assinou o decreto na noite de quinta-feira, ultrapassando o prazo de 1 de agosto para a conclusão de um eventual acordo sem quaisquer avanços concretos.

Não existe, até ao momento, um calendário claro para a resolução do conflito.

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