Mais 170 guerrilheiros da Renamo desmobilizados em Moçambique

Mais 170 guerrilheiros do braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o maior partido da oposição em Moçambique, começaram a ser desmobilizados esta segunda-feira (30.11) na base de Mabote, sul do país. Este grupo junta-se ao processo de desmilitarização, 

Encoraja-nos saber que este processo vai de acordo com o planificado”, referiu André Majibire, secretário-geral da Renamo e membro da comissão mista que acompanha o processo.
Tudo está a correr como nos prevíamos e queremos aproveitar este momento para apelar a todos os combatentes, mesmo àqueles que se desviaram deste rumo, para abraçarem este processo”, acrescentou, numa alusão aos dissidentes que têm feito ataques armados contra civis no centro do país.

A base de Mabote a desmobilizar até sexta-feira situa-se na província de Inhambane e o encerramento surge no âmbito do acordo de paz celebrado em 2019 entre o Governo e a Renamo.

Os últimos dados do enviado pessoal do secretário-geral da ONU para Moçambique, Mirko Manzoni, indicavam que até outubro 25% dos 5.221 guerrilheiros da RENAMO tinham sido desmobilizados, tendo sido encerradas várias bases militares daquela formação no centro de Moçambique.

Apesar de progressos registados, nomeadamente a assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional em agosto de 2019, um grupo de dissidentes, a autoproclamada Junta Militar da Renamo, tem feito ataques armados que já provocaram a morte de 30 pessoas.

A Junta liderada por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha da Renamo, contesta a liderança do partido e as condições para a desmobilização decorrentes do acordo de paz.