Mali: Extremistas islâmicos libertam norte-americano e francês raptados em 2016 e 2021

French journalist Olivier Dubois (3rd L), freed nearly two years after he was kidnapped by the Support Group for Islam and Muslims (GSIM) in Mali, and US national Jeffery Woodke (R), freed after being kidnapped in October 2016 in Niger, are seen as they arrive at the Diori Hamani International Airport in Niamey on March 20, 2023. (Photo by Souleymane AG ANARA / AFP)

O jornalista francês Olivier Dubois foi libertado, esta segunda-feira, ao fim de quase dois anos nas mãos de um grupo extremista no Mali. O repórter independente, de 48 anos, declarou aos jornalistas sentir-se “cansado” mas “bem” e agradeceu ao Níger, à França e a todos os que ajudaram na sua libertação.

À chegada ao aeroporto de Niamey, no Níger, quase dois anos depois de ter sido raptado por um grupo extremista no Mali, Olivier Dubois declarou aos jornalistas sentir-se “cansado” mas “bem” e agradeceu ao Níger pelo papel na sua libertação, assim como à França e a todos os que o ajudaram.

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A seu lado, livre também ao fim de mais de seis anos de cativeiro, estava o trabalhador humanitário americano Jeffery Woodke. Ele tinha sido raptado a 14 de Outubro de 2016 por grupos jihadistas no Níger e levado para o Mali.

Também no aeroporto, estava o ministro nigerino do Interior, Hamadou Souley, que explicou que “os reféns foram resgatados sãos e salvos pelas autoridades nigerinas antes de serem entregues às autoridades francesas e americanas”.

O jornalista independente de 48 anos esteve preso 711 dias. A notícia da libertação começou por ser dada pelo jornal Libération, do qual ele era correspondente. “Estamos profundamente aliviados e felizes” com este desfecho, anunciou Dov Alfon, director da redacção do Libération. Este foi “o sequestro mais longo de um jornalista francês desde a guerra no Líbano”, indicou a organização Repórteres Sem Fronteiras que também falou em “enorme alívio”. “Tivemos novidades reconfortantes várias vezes nestes últimos meses e ainda recentemente: ele parecia em forma, mas a duração da detenção preocupava-nos”, declarou o secretário-geral da Repórteres Sem Fronteiras, Christrophe Deloire.

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Olivier Dubois estava instalado desde 2015 no Mali e colaborava com vários meios de comunicação social franceses, nomeadamente o jornal Libération e as revistas Le Point e Jeune Afrique. A 5 de Maio de 2021 foi ele próprio quem publicou um vídeo nas redes sociais a anunciar que tinha sido raptado, em Abril, por um grupo extremista em Gao, no Norte do Mali. Tratava-se do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, a principal organização jihadista no Sahel e com fortes laços à Al Qaeda.

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