Há cada vez mais turistas interessados em visitar Poveglia, em Itália, mas é proibido. No século XIV acolhia infetados da Peste Negra. Mais tarde foi um hospital psiquiátrico macabro.
A ilha de Poveglia, considerada por muitos uma das mais assombradas do mundo, tornou-se recentemente num ponto turístico muito procurado pelos amantes de viagens sombrias, apesar de ninguém ter permissão para a visitar, avança o jornal Metro.
Tudo começou há quatro anos, depois de os responsáveis pelo canal de Youtube ‘Yes Theory’ terem conseguido aceder ao local, que descreveram como “muito estranho”.
Entretanto, outras pessoas também visitaram a ilha à revelia. Todos terminam a viagem com o sentimento de que “ainda dá para sentir os horrores que ali se viveram”.
Desde 1986 que Poveglia, que fica localizada entre Veneza e o Lido, em Itália, estava abandonada. Em tempos, foi usada como local de isolamento para os infetados pela Peste Negra e cemitério de mais de 160 mil vítimas desta doença, que se estima ter matado entre 75 e 200 milhões de pessoas, no século XIV, por toda a Europa.
Documentos históricos, encontrados entretanto, revelam que todos os italianos que tivessem algum sintoma, eram obrigados a ir para Poveglia. Muitos acabavam por ser queimados vivos.
Posteriormente, a ilha deu lugar a um hospital psiquiátrico, onde um médico terá realizado várias lobotomias (e outras experiências), antes de se atirar da torre sineira.
Poveglia nunca foi devidamente limpa, tornando o lugar fantasmagórico e misterioso, atraído a atenção dos mais curiosos. Tal como mostram fotografias partilhadas pela Getty Images, em 2011, ainda há dezenas de camas espalhadas pelo antigo hospital. Há azulejos intocáveis, tanques de lavar roupa apodrecidos e um sino que ainda toca.
“Enquanto estávamos lá, ouvimos o toque do sino o que foi assustador. Parecia um presságio ou algo assim”, conta um dos internautas, de acordo com o Metro.
Hoje, a ilha está cheia de ervas daninhas e cinzas humanas. Aliás, acredita-se que estas representem 50% do solo de Poveglia.
