Moçambique: 78% da economia é financiada pelo IDE

O primeiro-ministro Adriano Maleiane disse hoje aos da Associação dos Estudantes de Economia, em Maputo, que 78% da economia nacional é financiada pelo investimento directo estrangeiro (IDE).

Na opinião do Primeiro-Ministro, citado pelo ‘Domingo’, esta situação “não é sustentável, porque quando este tipo de investimento [IDE] cai, o país tem dificuldade em financiar-se”.

Para ultrapassar este problema, Maleiane sugere que os jovens invistam na criação das suas próprias empresas.

“Precisamos de empresários nacionais e eles têm de vir de vós, jovens”, disse Maleiane. “Só assim conseguiremos reverter esse cenário”.

“Somos poucos para o país, mas…”

Maleiane referiu ainda que o governo tem estado a fazer esforços para reduzir os casos em que existe apenas um provedor numa família, como uma situação em que não é possível fazer poupanças.

“Estamos a trabalhar para ultrapassar este problema. É necessário sublinhar que somos poucos para o país, mas também é necessário garantir que estamos a ter apenas o número de filhos que podemos sustentar”, explicou o Primeiro-Ministro.

23% do PIB provém da agricultura

Segundo Maleiane, 23% do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique provém da agricultura, uma proporção que não foge às prioridades estabelecidas na Constituição da República.

Entretanto, Maleiane disse aos jovens estudantes que na cadeia de valor da agricultura são necessários técnicos de outras áreas como informática, finanças, gestores de transportes, entre outros.

“Por isso, é nossa aposta usar a agricultura para promover outras áreas. Aliás, a agricultura não é só para os mais velhos. Há muitos jovens que estão a ganhar dinheiro nesta área”, afirmou.

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Crescimento económico pode atingir 10% em 2030

“Até 2030 o país poderá registar um crescimento económico anual acima de 10 por cento como resultado da diversificação da economia, mas será o desenvolvimento da indústria extractiva que levará a esta realidade”, disse o Primeiro-Ministro.

Maleiane disse que Moçambique vinha registando um crescimento estável até 2019, mas em 2020, com o surto da Covid-19, assistiu, pela primeira vez em muitos anos, a um declínio que atingiu 1,3%.

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