A consultora Business Monitor International (BMI) prevê que a economia de Moçambique cresça 6,5% este ano, acelerando face aos 4,1% registados no ano passado, impulsionada pelo aumento do investimento estrangeiro em projectos de gás natural.
“Antecipamos que o PIB [produto interno bruto] de Moçambique vai acelerar de 4,1% em 2022 para 6,5% em 2023, pois acreditamos que o fluxo de investimento direto estrangeiro vai aumentar, com o sector do gás natural liquefeito (GNL) a liderar, e em 2024 vemos o crescimento a abrandar para 4,2% devido a uma estagnação da produção industrial”, proclamam os analistas.
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De acordo com o BMI, o banco central moçambicano deverá manter a taxa de juro em 17,25% no segundo semestre deste ano, devido ao abrandamento da inflação, mas “em 2024 espera-se um corte de 100 pontos base, para 16,25%, com a aceleração do abrandamento da inflação e do crescimento económico”, acrescentam os analistas.
Na nota em que dá conta da atualização das principais previsões macroeconómicas para o país, o BMI, que regressou à sua anterior designação depois de ter sido conhecido como Fitch Solutions, prevê ainda que o Banco de Moçambique continue a suportar a moeda moçambicana em 64 meticais por dólar este ano e no próximo.
No plano político, as previsões do BMI apontam para uma vitória do candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Filipe Nyusi, possivelmente acompanhada de um aumento das manifestações em torno das eleições presidenciais de outubro do próximo ano.
“Esperamos que haja um aumento da contestação social antes e depois das eleições, devido ao facto de Nyusi se candidatar a um controverso terceiro mandato presidencial”, conclui a análise.
