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Moçambique/Economia: Moçambique reforça liderança energética regional com apoio de 1,4 mil milhões de dólares do Banco Mundial para hidrelétrica Mphanda Nkuwa

Projeto de 6,4 mil milhões de dólares prevê 1.500 megawatts e 1.300 km de linhas de transmissão, impulsionando a exportação de energia para a SADC e fortalecendo a rede interna

Moçambique obteve apoio do Banco Mundial para a construção da central hidroelétrica Mphanda Nkuwa, um projeto avaliado em 6,4 mil milhões de dólares que visa consolidar a posição do país no mercado energético regional. A contribuição financeira do Banco Mundial está estimada em 1,4 mil milhões de dólares, destinada principalmente às linhas de transmissão e às garantias necessárias para mobilizar financiamento privado.

Com uma capacidade de 1.500 megawatts, a iniciativa insere-se na estratégia moçambicana de se tornar um importante exportador de eletricidade dentro da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, declarou que o país pretende ser um polo energético para toda a região.

A infraestrutura contemplará ainda 1.300 quilómetros de linhas elétricas de transmissão, com um custo estimado em 1,4 mil milhões de dólares. Estas linhas irão alimentar a rede do sul do país, incluindo a capital Maputo, e reforçar as exportações para países vizinhos como Zimbabwe, Zâmbia e Maláui.

O consórcio responsável pelo projeto é composto pela Électricité de France (EDF), TotalEnergies e Sumitomo Corporation. O governo moçambicano e a empresa pública Hidroeléctrica de Cahora Bassa detêm também participações no empreendimento.

O apoio do Banco Mundial envolve diversas entidades: a IFC (financiamento e participação), o IBRD (garantias), a IDA (empréstimos concessionais) e a MIGA (seguro contra riscos políticos).

Moçambique, membro da SADC, já exporta uma parte significativa da sua eletricidade para a África do Sul. Com este novo projeto, o país visa diversificar os destinos regionais, dando especial atenção a Zimbabwe, Zâmbia e Maláui.

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O país enfrenta, no entanto, desafios persistentes, incluindo instabilidade política, insegurança no norte devido à insurgência jihadista e atrasos em investimentos na área do gás, avaliados em 57 mil milhões de dólares.