« As forças [conjuntas] atacaram uma base, onde abateram 10 terroristas e neste momento ainda decorrem operações de limpeza », disse Cristóvão Chume, à margem de um encontro com o ministro da Defesa, Justiça e Segurança do Botswana, Thomas Kagiso, em Maputo.
Os 10 insurgentes foram abatidos no domingo em Macomia, numa operação das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM, sigla inglesa), avançou o ministro da Defesa moçambicano.
Sem especificar o número, Cristóvão Chume disse que foram recuperadas mulheres « que trabalhavam em apoio » de um dos cabecilhas dos insurgentes, na base dos grupos armados que foi invadida.
O ministro da Defesa de Moçambique disse ainda haver « sinais evidentes da presença de terroristas » na província de Niassa, que faz fronteira com Cabo Delgado, no norte do país, referindo, entretanto, que se está em perseguição dos grupos.
« A situação no Niassa apresenta-se como preocupante », destacou, acrescentando que se esperam « sinais positivos nos próximos dias » com a atuação dos militares naquela província.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas tem sido aterrorizada desde outubro de 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.