Faltam 114 albinos, diz Comissão de Direitos Humanos – Relatório da AIM

De 2014 até ao presente, pelo menos 114 pessoas que sofrem de albinismo desapareceram em Moçambique, segundo a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), citada pela estação de televisão independente, STV.

A representante da CNDH, Sheila Massuque, disse que foram abertos casos de crimes contra albinos contra 55 pessoas. Ela disse que os albinos sofrem discriminação, e que são estigmatizados. Por vezes são abandonados pelas suas famílias, submetidos a maus-tratos e, nos piores casos, são assassinados.*

Os assassinatos de albinos são motivados por crenças supersticiosas de que as partes do corpo dos albinos têm poderes mágicos, e podem enriquecer os assassinos.

Massuque disse que houve algumas melhorias em termos de protecção para os cerca de 20.000 albinos em Moçambique, mas os desafios persistem. Massuque considerou urgente tomar medidas para acabar com a discriminação contra os albinos, e mudar as atitudes da sociedade para com as pessoas que sofrem desta condição.

Um jovem albino chamado Ihidina Mussagy, disse à STV que tinha sofrido discriminação, mas ultrapassou-a através da “auto-estima e determinação”.

Ele disse que a pandemia de Covid-19 piorou as condições dos albinos, uma vez que reduziu a quantidade de cuidados que recebem dos profissionais de saúde. Os albinos são particularmente vulneráveis ao cancro de pele, e a problemas visuais. Agora sentem que não são uma prioridade.

leave a reply