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O pagamento de mensalidades no período de distanciamento social

O mundo foi recentemente assolado pela pandemia do Coronavírus que surgiu nos finais de 2019 na China, mais precisamente em Wuan. Desde então, nada continuou o mesmo.

Áreas como a economia, a cultura, o desporto, ficaram devastadas de forma considerável, e recuperar tamanhos danos vai requerer para além de dinheiro, muito mais tempo.

Em diversas partes do mundo os governos viram-se forçados a interromper as actividades, com destaque para as aulas presenciais dos alunos e estudantes e, a tentar adaptar-se ao novo fenómeno. E Moçambique não fugiu à regra.

Com o aumento de novos casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, as entidades responsáveis tiveram de tomar algumas medidas de contenção desta pandemia, com vista a atrasar o seu pico para 2021, período que se espera que já exista a vacina para a doença.

Tendo em conta a existência de escolas públicas e privadas, desde o ensino pré-escolar ao superior, algumas especificidades são verificadas quando o assunto é o pagamento das mensalidades pelas escolas privadas. Durante algum tempo o governo não se pronunciou sobre se o pagamento deveria ou não continuar a ser efectuado, o que criou e continua a criar relativo alvoroço entre a comunidade estudantil e o pelouro que gere a questão da educação no nosso país.

Entre as alegações, o governo referenciou que a decisão do pagamento na sua totalidade ou parcialidade é da responsabilidade das escolas e, que estas deviam entrar em um acordo com os encarregados de educação e com os estudantes para o efeito.

Até aqui, escolas há que continuam a cobrar a cem por cento as mensalidades mesmo não havendo aulas presenciais. Recentemente o governo voltou a pronunciar-se, através da mídia, para reforçar o apelo às escolas para uma maior compreensão sobre o que está a acontecer no país e no mundo, e sensibilizar as mesmas a reduzirem o valor das propinas. Algumas acataram, outras, nem por isso.

Enquanto as coisas não voltam à normalidade, as aulas continuam a ser dadas à distância. Entretanto, após a segunda prorrogação do estado de emergência para mais um mês, o Presidente da República, dirigindo-se ao público, fez saber que há probabilidades de as classes com exames este ano voltarem às aulas, mas, com algumas restrições e medidas de prevenção acrescidas.

Não podemos deixar de fazer referência a algumas inconveniências que surgem deste processo de leccionação à distância. Alguns estudantes das classes mais avançadas queixam-se do problema ligado à internet, visto que esta oscila e dificulta as aulas online. Isto para não citar as zonas que sequer têm abrangência da internet no nosso país. 

 Por: Érica Januário