Omicron: O que precisa de saber sobre a nova variante Covid-19

Uma nova variante de Covid-19, identificada pela primeira vez como B.1.1.529, e rebaptizada “Omicron” pela OMS, foi designada pela organização como uma “variante de preocupação” na sexta-feira 26 de Novembro. Diz-se que há mutações de “preocupação”, e os dados preliminares recolhidos pela OMS “sugerem um risco acrescido de reinfecção com esta variante”. A alcunha Omicron, que se refere a uma letra grega, tal como as variantes Alfa, Beta, Gama e Delta antes dela, destina-se a não fornecer um rótulo estigmatizante que se referisse ao país onde o vírus foi detectado pela primeira vez. Contamos-lhe mais sobre o que sabemos até agora sobre a Omicron.

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Quando foi detectada a variante Omicron?


A variante B.1.1.529 foi identificada pela primeira vez na terça-feira 23 de Novembro. Tem estado associado a um aumento dramático do número de infecções nas últimas duas semanas na província de Gauteng, a província mais urbanizada da África do Sul, que inclui as capitais administrativa e económica do país, Pretória e Joanesburgo. O elevado número de mutações que ele parece mostrar é motivo de preocupação para os observadores internacionais, que receiam que ele possa estar a escapar à imunidade.

Onde apareceu esta nova variante?


Se foi visto pela primeira vez em Gauteng, isto não significa necessariamente que tenha tido a sua origem nesse local. A amostra mais antiga conhecida com a variante Omicron foi recolhida no Botsuana a 11 de Novembro de 2021.

Porque é que a comunidade científica está preocupada?


A Omicron tem mais de 30 mutações na sua proteína Spike, que é a chave para permitir a entrada do vírus nas células do corpo humano. Isto é mais do dobro do número de mutações que foram transportadas pela variante Delta. Esta alteração sugere que os anticorpos desenvolvidos por um indivíduo durante uma infecção ou vacinação anterior podem já não estar suficientemente adaptados a esta variante. A Omicron poderia, portanto, ser susceptível de infectar ou reinfectar pessoas que tivessem sido imunes a variantes anteriores.

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A Omicron é mais transmissível do que as variantes anteriores?


É difícil responder definitivamente a esta questão neste momento. No entanto, o caso da África do Sul mostra um aumento acentuado do número de infecções nas últimas semanas. Enquanto a 16 de Novembro havia 273 novas infecções, no início desta semana havia 1.200, das quais mais de 80% estavam na província de Gauteng. A análise inicial sugere que a Omicron se tornou a estirpe dominante na região. É possível que este aumento súbito esteja ligado a um evento de super propagação (indivíduos infectados espalhando o vírus desproporcionadamente a outros, especialmente em grandes concentrações), mas os dados actuais devem ser suficientes para reforçar as medidas de precaução.

As vacinas actuais irão funcionar contra esta variante?


O número de mutações Omicron e o facto de algumas delas já terem escapado às protecções imunitárias existentes são elementos preocupantes, que tendem a questionar a eficácia das vacinas desenvolvidas até agora contra esta nova variante. No entanto, estas são apenas previsões teóricas, que precisam de ser confirmadas por estudos adicionais sobre a eficácia dos anticorpos e a sua capacidade de neutralizar a nova variante. Dados reais sobre as taxas de reinfecção, que ainda faltam, também ajudarão a determinar até que ponto a Omicron poderá alterar a imunidade. Em qualquer caso, não se espera que as vacinas existentes sejam ineficazes contra a Omicron, mas apenas ofereceriam menos protecção. A vacinação maciça da população, incluindo a terceira dose, continua portanto a ser o principal meio de combate ao aparecimento de novas variantes.

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As vacinas podem ser modificadas para dar uma melhor resposta a esta variante?


Sim, isto é possível, e as equipas farmacêuticas encarregadas das vacinas já estão a trabalhar na sua actualização, particularmente no que diz respeito à nova proteína Spike. Este trabalho começou quando as variantes Beta e Delta apareceram (as vacinas já existentes na altura provaram ser suficientemente eficazes contra elas, e por isso não precisavam de ser modificadas).Se uma nova versão das vacinas fosse desenvolvida para lidar com a Omicron, poderia ser necessário quatro a seis meses até que estivessem amplamente disponíveis.

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A Omicron leva a formas mais severas de Covid-19?


Dado o desfasamento temporal entre as infecções e o desenvolvimento de doenças mais graves, serão necessárias várias semanas até que os dados claros estejam disponíveis. Nesta fase, os cientistas acreditam que não há razão para acreditar que a Omicron desenvolveria formas mais ou menos severas de Covid-19.

Que hipóteses tem a Omicron de se espalhar por todo o mundo?

Até à data, a maioria dos casos confirmados encontram-se na África do Sul, mas também houve alguns no Botswana e em Hong Kong. Outro caso foi detectado na noite de quinta-feira em Israel – uma pessoa que regressava do Malawi – e dois outros são suspeitos de transportar a variante no país. Na sexta-feira, a Bélgica identificou outro caso no seu território, numa pessoa que tinha viajado para o Egipto e a Turquia. É provável que a nova variante já se tenha propagado a outros países, sem que aí tenha sido necessariamente detectada. As proibições de viagem poderiam atrasar a propagação do vírus, mas parece difícil provocar um curto-circuito em termos absolutos, dadas as actuais medidas de prevenção.

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