O libanês Jean Boustani já não vai ser ouvido como declarante no “caso dívidas ocultas” que está a ser julgado na 6ª secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, porque é arguido num processo que está sob investigação na Procuradoria-Geral da República (PGR).
O 54º dia do julgamento das “dívidas ocultas” iniciou com uma novidade. Jean Boustani já não vai ser ouvido como declarante, por o tribunal ter recebido um documento do Ministério Público, que informa que o libanês é arguido num dos processos na PGR. Assim, sendo arguido, não pode ser declarante no processo ou ser interrogado sobre os mesmos factos. “Por isso, o tribunal revogou o despacho da audição de Jean Boustani como declarante”, disse o juiz Efigénio Baptista, na manhã desta quinta-feira.
Um argumento por muitos tido como incoerente pelo facto de Ernesto Gove, Joana Matsombe, Valdemar de Sousa e, até, Alexandre Chivale, serem declarantes, mesmo sendo réus em processos autónomos em curso.