Durante meses, um norte-americano que vive no Texas espalhou imagens íntimas da ex-namorada pelos vários cantos da internet. Criou um site com uma pasta da Dropbox acessível a todos, criou contas falsas em diferentes redes sociais para divulgar fotos e vídeos da mulher e até enviou algumas das imagens para um site pornográfico. Tudo para se vingar.
Mas a vingança pode agora lhe sair cara. De acordo com o The Washington Post, o homem terá de pagar cerca de 1,2 mil milhões de dólares à ex-namorada, uma vez que esse foi o valor que o júri, nomeado pelo tribunal do condado de Harris, que está julgar o caso, decidiu que seria justo pagar à vítima.
Uma decisão aplaudida pelos advogados da mulher, que tinham pedido uma indemnização um pouco mais baixa. “Este julgamento não é sobre dinheiro ou números, é para passar uma mensagem, para desencorajar outros casos de pornografia de vingança. Aplaudimos a força de Jane Doe por abrir este processo e dar o exemplo. A partilha de imagens sexuais de outras pessoas é crime”, salientou o advogado Bradford Gilde.
O homem nunca compareceu em tribunal, nem respondeu aos vários contactos dos advogados para responder sobre o caso.
Vítima sofre de stress pós-traumático devido a assédio
Em tribunal, foi provado que o assédio foi de tal forma traumatizante para a vítima que esta chegou a pensar no suicídio e sofre de stress pós-traumático, algo que a afeta até no trabalho, para onde foram enviados também algumas das imagens.
Além de utilizar imagens tiradas durante o relacionamento, o homem conseguiu aceder às câmaras de videovigilância da casa da ex-namorada e retirar dos vídeos várias imagens íntimas.
Desde 2015 que a divulgação de material visual íntimo sem o consentimento da pessoa retratada e com a intenção de prejudicá-la é considerada crime. Apesar disso, foram poucos os casos que chegaram a tribunal.
